Ansiedade alimentar está relacionada a uma prática cultural

Identificar esses tipos de fome poderá ajudar o paciente a procurar tratamento

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil ficou em primeiro lugar no mundo, com o maior percentual de pessoas diagnosticadas com algum tipo de ansiedade. Em entrevista ao vivo no estúdio do D.E, a psicóloga Taís Gaudart explicou o que é a ansiedade alimentar. Caracterizando que existe três tipos de fome: a emocional que está relacionada a necessidade de comer para se sentir feliz em casos que a pessoa sofreu alguma decepção, por exemplo. A comportamental, trata-se de comer de acordo com horários estabelecidos, muitas vezes a pessoa deixa de comer uma refeição porque não está na ‘hora’. E a física, caracterizada pela fome biológica, ou seja, quando o estomago está vazio e o corpo precisa de energia.

Identificar esses tipos de fome poderá ajudar o paciente a procurar tratamento, Taís explica que o principal é a terapia “você só vai conseguir alcançar os seus objetivos olhando para você mesmo e se cuidando”, afirma. Outra questão abordada ao longo da entrevista foi o estresse que a correria, cobranças e a vida cotidiana provoca na pessoa. Mesmo indicando a terapia, a psicóloga ressalta que atividade física também é um fator muito importante para combater todos esses males.

Ao decorrer da entrevista Taís ainda ressalta que essa ansiedade alimentar está relacionada a uma prática cultural, já que na maioria das vezes quando estamos em datas festivas comemoramos em uma reunião com os amigos e/ou família em algum restaurante, ou em casa preparando uma comida diferente do dia a dia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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