‘O Crime da 113 Sul’ ganhou destaque recentemente com a anulação da condenação de Adriana Villela. A arquiteta, acusada de triplo assassinato, voltou a ser ré após a decisão da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por 3 votos a 2 nesta terça-feira (2).
Com a anulação, o caso deve voltar às mãos de um juiz de primeira instância, que terá que decidir se revalida as provas, determina novas diligências e convoca um novo júri popular. Os ministros acataram o argumento de cerceamento da defesa de Adriana Villela devido à apresentação de parte dos depoimentos colhidos apenas durante o julgamento.
A ação penal envolvendo o ‘Crime da 113 Sul’ terá novos desdobramentos, com a possibilidade do novo juiz revalidar o material anulado, solicitar novas provas e convocar um novo júri. A decisão do STJ foi tomada com base nas nulidades identificadas, que comprometeram a equidade entre defesa e acusação.
Os vídeos dos depoimentos dos executores do crime, gravados em 2010, foram disponibilizados aos advogados de Adriana apenas em 2019, próximo ao fim do júri. O ministro Sebastião Reis Júnior destacou que a defesa não teve acesso a esses materiais antes do julgamento, o que prejudicou a autoria do crime.
Com a condenação de Adriana Villela anulada, o caso retorna à fase inicial de julgamento. As mortes dos pais de Adriana e da empregada da família em agosto de 2009 completaram 16 anos recentemente. A arquiteta havia sido sentenciada a 67 anos e 6 meses de reclusão em 2019, pena posteriormente reduzida em segunda instância.
A defesa de Adriana Villela sempre defendeu sua inocência, enquanto o Ministério Público do Distrito Federal buscava pela execução imediata da pena. Com a anulação da condenação, o caso deve passar por novas etapas de análise judicial. Fique por dentro das atualizações sobre o ‘Crime da 113 Sul’ no DE DF.’