O Brasil registou 18 casos e duas mortes de um novo superfungo. O microorganismo foi identificado em dezembro de 2020 em um hospital público de Salvador. Apenas neste mês de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já registou dois casos da infecção causada pela Candida auris.
O fungo é conhecido pelos pesquisadores desde 2009, quando acometeu um paciente japonês, e se tornou alvo de notificação obrigatória pelos sistemas de saúde em 2016. Ele é resistente a medicamentos e a produtos de limpeza.
A autarquia brasileira está investigando o caso de um paciente de 67 anos em Pernambuco e em um paciente de 70 anos sobre o qual não foram divulgadas mais informações. A situação já é classificada como surto por se tratar de um micro-organismo até então desconhecido no País.
O combate ao fungo é difícil pelo fato de ele apresentar biofilmes tolerantes a antifúngicos e resistência aos medicamentos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Além disso, a identificação laboratorial do patógeno é complicada.
Já são 18 casos confirmados. Depois do caso em Salvador, houve 15 casos e dois mortos em um hospital da rede privada e outro na rede pública. Ele costuma ser mais comum em pessoas com longa internação em hospitais, principalmente entre aqueles que fizeram uso de antifúngicos e possuem cateter venoso central ou outros dispositivos médicos no organismo. Os sintomas causados pela infecção são febre alta, tontura, fadiga, aumento da frequência cardíaca e vômito.