A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a mudança na bula da vacina Pfizer (Comirnaty) para incluir a possibilidade de dose de reforço e de que a aplicação adicional seja feita seis meses após a conclusão do ciclo vacinal para pessoas a partir dos 18 anos. A aprovação foi condicionada ao monitoramento do uso da dose de reforço e de possíveis efeitos adversos.
No entanto, em reunião da diretoria colegiada nesta quarta-feira (24), foi aprovado voto, com questionamentos e recomendações ao Ministério da Saúde, para realização da campanha da dose de reforço desse e de outros imunizantes.
Isso porque no dia 16 de novembro, o ministério informou que aplicaria as doses de reforço para todos os cidadãos com idades a partir dos 18 anos. Até então, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) só direcionava doses de reforço para idosos, imunossuprimidos e profissionais de saúde.
Porém, na semana passada, nenhuma vacina contra a Covid-19 recebeu a autorização da Anvisa para a dose adicional. A agência enviou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando esclarecimentos sobre a campanha anunciada. O ofício foi respondido nesta quarta, com respostas parciais.
Agora, a aplicação da dose de reforço da Pfizer passa a ter permissão da Anvisa, mas as outras vacinas ainda não. O consórcio Oxford/AstraZeneca, que tem parceria no Brasil com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), solicitou no dia 17 deste mês a autorização para a aplicação da terceira dose para quem tomou as duas primeiras do mesmo imunizante.
A Janssen também entrou com pedido da Anvisa para a aplicação da dose de reforço tanto para quem tomou dose única quanto para quem recebeu doses de outras marcas. O requerimento foi feito no dia 19 de novembro e deve ser avaliado pela Anvisa em até 30 dias.
Os pedidos do consórcio Oxford/AstraZeneca e da Janssen estão em análise pela equipe da Anvisa. Já a CoronaVac, da farmacêutica Sinovac em parceira com o Instituto Butantan, ainda não solicitou a atualização para contemplar a terceira dose.