A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez a aprovação do primeiro medicamento injetável contra o HIV no Brasil. O cabotegravir é uma profilaxia pré-exposição (PrEP). Isto significa que possui uma função de prevenção contra inesperadas infecções pelo vírus responsável da Aids.
A farmacêutica britânica GSK foi quem deu a autorização para o uso do medicamento no Brasil. No dia 5 de junho, o Diário Oficial da União (DOU) publicou o registro do novo remédio. Ainda não foi divulgada uma data para o início das vendas no Brasil.
Ainda não há vacinas disponível contra o vírus, a PrEP injetável é considerada a mais recente inovação para o uso da prevenção do HIV. Em 2022, FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou o medicamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já propôs o uso do cabotegravir para a prevenção contra o vírus HIV.
No ano passado também, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a agência global de saúde associada a OMS, a Unitaid, publicou um estudo de implantação do medicamento no Brasil para qualificar a possibilidade de aplicação no Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, a prevenção da infecção pelo HIV no Brasil é feita com a PrEP oral, uma combinação de dois remédios (tenifovir/entricitabina, conhecida também como Truvada), oferecidos gratuitamente pelo SUS.
Diferencial
As diferença do novo medicamento é o fato de ser injetável e possuir ação prolongada. Dessa forma, há maior aceitação aao tratamento e a tranquilidade de tomar um medicamento que faça efeito a médio e longo prazo.
As aplicações são intramusculares na região dos glúteos. As duas primeiras doses da injeção são aplicadas com quatro semanas de espaço, seguidas de uma dose a cada oito semanas. Os remédios usados atualmente para previnir o HIV, precisam ser tomados todos os dias para fazer efeito e são conhecidas como profilaxia de pré-exposição (PrEP), são de uso oral.