Anvisa proíbe venda de lâmpadas para bronzeamento artificial: entenda os riscos e repercussões da medida

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Anvisa proíbe lâmpadas usadas para bronzeamento artificial

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, nessa quarta-feira (2/4), a venda de lâmpadas fluorescentes de alta potência utilizadas em câmaras de bronzeamento artificial.

A medida visa coibir a fabricação e manutenção de câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos em todo o território nacional. Embora os equipamentos sejam proibidos no Brasil desde 2009, eles continuam a ser usados de forma irregular.

“A proibição da Anvisa contou com apoio integral da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do Instituto Nacional de Câncer (Inca)”, aponta a agência.

RISCOS DO USO DAS CÂMARAS DE BRONZEAMENTO ARTIFICIAL

O uso de câmaras de bronzeamento artificial pode causar diversos danos à saúde, como: câncer de pele, envelhecimento da pele, queimaduras, ferimentos cutâneos, cicatrizes, rugas, perda de elasticidade cutânea, lesões oculares como fotoqueratite, inflamação da córnea e da íris, fotoconjuntivite, catarata precoce e carcinoma epidérmico da conjuntiva.

A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma. Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara.

O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos. Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado. Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma.

A resolução RE nº 1.260/2025, publicada no Diário Oficial da União, também veta o armazenamento, a distribuição, a fabricação, a importação e a propaganda das lâmpadas fluorescentes de alta potência no país. De acordo com a Anvisa, a proibição se deu após a publicação da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), que concluiu que o uso de câmaras de bronzeamento artificial é cancerígeno para humanos.

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