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Projeto doa cadeiras de rodas graças a reciclagem de tampas plásticas

Última atualização 26/09/2017 | 17:18

O fundador e coordenador do projeto Tampamania, Ademir Silva, concedeu entrevista ao Diário do Estado e falou sobre o projeto que por meio de doações de tampas plásticas consegue adquirir cadeiras de rodas, muletas e fraldas geriátricas para pessoas que não possuem boas condições financeiras.

A inspiração surgiu em 2011, quando ele viu uma reportagem de uma mulher italiana que recolhia tampas de vidro de soro para vender. Na sequência ele pensou em uma maneira de melhorar a ideia e fazê-la mais rentável para os padrões brasileiros. Em 2013, foi criado o Tampamania, em Goiânia.

Ademir explicou resumidamente como funciona o projeto. “O Tampamania consiste em juntar tampas de amaciante, sabão líquido, sucos, iogurtes, xampu. Tampas plásticas. Nada mais é que você juntar a e enviar para nossa campanha. É uma campanha do Rotary Club. Nós vendemos as tampinhas para a reciclagem e com o dinheiro compramos cadeiras de rodas, muletas, fraldas geriátricas”.

O coordenador explicou como alguém pode ganhar uma cadeira de rodas do projeto. “Aquelas pessoas que não tem condições de comprar uma cadeira, ou um par de muletas. É só entrar no nosso site (www.tampamania.com.br) e fazer o cadastro. Nós, em posse dessas informações vamos até o endereço para checar se há a necessidade dessa pessoa. Se houver faremos a doação”.

Segundo ele, inúmeras fraldas geriátricas já foram compradas pela campanha. Além disso, cerca de quinze andadores e 140 cadeira de rodas foram doadas para pessoas de Goiânia, Brasília, Anápolis e cidades do interior. Algumas cadeiras também foram destinadas para Minas Gerais.

De acordo com Ademir, inúmeras pessoas participam juntando as tampinhas. O apoio de outras sede do Rotary também é fundamental para o sucesso do projeto. Já sobre o material reciclado, ele afirmou que é utilizado na produção de outros objetos e utensílios. “Com esse material geralmente é feito mangueira, sacos de lixo, bacias plásticas, baldes e também serve para fazer galões de água”.

O coordenador do projeto diz que está buscando parcerias com outros grupos de outras cidades e comentou que muitas empresas já conversaram com ele sobre uma parceria. Ademir afirmou que o plástico pode demorar mais de 200 anos para decompor na natureza. “Uma tampinha pode juntar água parada e virar foco de dengue. Essa é uma campanha de saúde, é uma campanha educacional e também social”.