Ao vivo: Câmara inicia sessão sobre denúncia contra Temer. Veja como vota a bancada goiana

O plenário da Câmara dos Deputados começa a votar hoje (2) parecer da Comissão de Constituição e Justiça contrário à admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer pelo suposto crime de corrupção passiva. Os trabalhos devem se estender por todo o dia. Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado em junho ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. O STF só poderá analisar a denúncia, porém, se a Câmara autorizar.

A votação só pode começar com a presença de 342 parlamentares. A votação será por chamada nominal, começando pelos deputados de um estado da Região Norte e, em seguida, os deputados de um estado da Região Sul. Os deputados terão 15 segundos para expor os argumentos e voto.

Bancada goiana
Segundo informações do jornal O Globo, o placar até o momento está com 200 votos favoráveis à admissibilidade da denúncia, 115 contra e 73 indecisos. Além desses, 124 deputados não responderam sobre o posicionamento.
O placar na bancada goiana está até o momento 6×5 contra a admissibilidade da denúncia. Vão votar a favor da denúncia que pode afastar o presidente da República: Delegado Waldir (PR); Fábio Sousa (PSDB); Flávia Morais (PDT); João Campos (PRB) e Rubens Otoni (PT). Os parlamentares goianos que já se posicionaram contra a denúncia são: Daniel Vilela (PMDB); Giuseppe Vecci (PSDB); Jovair Arantes (PTB); Magda Mofatto (PR); Pedro Chaves (PT) e Thiago Peixoto (PSD).

Até o momento no placar se mostraram indecisos: Alexandre Baldy (PODE); Célio Silveira (PSDB); Heuler Cruvinel (PSD); Marcos Abrãao (PPS) e Roberto Balestra (PP). Ao falar com a reportagem do Diário do Estado, Lucas Vergílio já tem a sua posição, mas que só poderá comunicar seu voto mais tarde. Alexandre Baldy, que confirmou a indecisão a reportagem, esteve em almoço ontem (1°) com o presidente Michel Temer junto com a Frente Parlamentar da Agropecuária.

NOME                                                                   PARTIDO              UF

Alexandre Baldy


PODEMOS GO Indeciso
 Célio Silveira

PSDB GO Indeciso
 Daniel Vilela

PMDB GO Contra
 Delegado Waldir

PR GO A favor
  Fábio Sousa

PSDB GO A favor
 Flávia Morais

PDT GO A favor
 Giuseppe Vecci

PSDB GO Contra
  Heuler Cruvinel

PSD GO Indeciso
 João Campos

PRB GO A favor
 Jovair Arantes

PTB GO Contra
 Lucas Vergilio

SD GO Indeciso
 Magda Mofatto

PR GO Contra
 Marcos Abrão

PPS GO Indeciso
 Pedro Chaves

PMDB GO Contra
 Roberto Balestra

PP GO Indeciso
 Rubens Otoni

PT GO A favor
 Thiago Peixoto

PSD GO Contra

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Dino dá prazo até as 20h para Câmara esclarecer pagamento de emendas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino deu prazo até as 20h desta sexta-feira, 27, para a Câmara dos Deputados responder a quatro questionamentos sobre o pagamento de emendas parlamentares. O prazo foi dado pelo ministro após a Câmara pedir a reconsideração da liminar de Dino que suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.

No entendimento do ministro, a Câmara ainda não cumpriu as decisões de Corte que determinaram regras de transparência e rastreabilidade no repasse das emendas. “Assim, caso a Câmara dos Deputados deseje manter ou viabilizar os empenhos das emendas de comissão relativas ao corrente ano, deverá responder objetivamente aos questionamentos acima indicados até as 20h de hoje (dia 27 de dezembro de 2024), bem como juntar as atas comprobatórias da aprovação das indicações (ou especificações) das referidas emendas, caso existam”, decidiu o ministro.

Na decisão, Flávio Dino fez quatro perguntas que deverão ser respondidas pela Casa:

1 – Quando houve a aprovação das especificações ou indicações das emendas de comissão (RP 8) constantes do Ofício nº. 1.4335.458/2024? Todas as 5.449 especificações ou indicações das “emendas de comissão” constantes do ofício foram aprovadas pelas comissões? Existem especificações ou indicações de emendas de comissão que não foram aprovadas pelas comissões? Se não foram aprovadas pelas comissões, quem as aprovou?

2 – O que consta na tabela de especificações ou indicações de emendas de comissão (RP 8) como nova indicação foi formulada por quem? Foi aprovada por qual instância? Os senhores líderes? O presidente da comissão? A comissão?

3. Qual preceito da Resolução nº. 001/2006, do Congresso Nacional, embasa o referido Ofício nº 1.4335.458/2024? Como o Ofício nº. 1.4335.458/2024 se compatibiliza com os artigos 43 e 44 da referida Resolução?

4. Há outro ato normativo que legitima o citado Ofício nº. 1.4335.458/2024? Se existir, qual, em qual artigo e quando publicado?

Entenda

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento.

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original da questão, Flávio Dino assumiu a condução do caso.

Em agosto deste ano, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.

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