Última atualização 24/07/2017 | 15:26
A presidente do PT Goiás, Kátia Maria, concedeu entrevista ao Diário do Estado e falou sobre a condenação do ex-presidente Lula, o governo de Michel Temer e o futuro de Dilma Rousseff. Ela também comentou sobre o posicionamento do PSDB no âmbito nacional e defendeu a reforma política. (Confira a entrevista completa acima).
Sobre a condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro, ela disse que falta provas. “O PT de Goiás recebeu com muita serenidade. Pelos posicionamentos do juíz Sérgio Moro, isso já era previsto. Mas também recebemos com indignação porque não é uma condenação que vem aparada por provas. É uma condenação que vem puxada por convicção. A gente sabe que no direito, convicção não vale. O que vale são provas materiais”.
Para ela, o governo de Temer já acabou. “O governo já acabou. Se ele vai cair é uma conjuntura que temos que esperar para ver. Temos um congresso que está nas mãos do governo. Pela população o governo já deveria ter caído. Agora existe a regra do Congresso. O que vimos na semana foi um jogo onde substituiu vários deputados da CCJ para que eles pudessem rejeitar o processo de abertura de investigação ao presidente Michel Temer”.
Kátia afirmou que os assuntos do PSDB não interessam ao PT. “O PSDB é uma incógnita. Toda semana ele avalia se vai sair ou não do governo. Na verdade eles não querem sair, querem tirar o Michel e continuarem nesse jogo de cartas marcadas. Para nós não interessa a discussão do PSDB”.
A presidente do PT diz que Dilma pode se candidatar, mas que a decisão é regional. “A presidenta Dilma é uma grande liderança nacional. Ela honrará muito o partido se ela se colocar a disposição sobre qualquer um dos pleitos. Agora, é uma candidatura que deve ser discutida no estado dela porque é uma decisão mais regional”.
Ela também comentou sobre a reforma política. “Nós defendemos uma reforma política que possa ter financiamento público exclusivo de campanha. Isso diminuiria o custo da campanha. Isso evitaria a corrupção, evitaria o Caixa 2. O PT defende isso há muitos anos. Também defendemos que seja em lista pré-ordenada onde possa ter paridade de gênero”.