Última atualização 01/08/2017 | 16:25
Desde o início do mês anterior, a Prefeitura de Goiânia passou a utilizar de câmeras de segurança para fiscalizar e monitorar o trânsito da capital, inicialmente instaladas na área do Parque Vaca Brava. A ação gerou muitos debates que levantaram aspectos negativos e positivos em relação ao videomonitoramento. (Veja a entrevista completa acima).
O Diário do Estado conversou com o Especialista em Tecnologia e Professor de Perícia Criminal e Ciências Forenses do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG), Rodrigo Albernaz, que defende o uso das câmeras. Albernaz, que também é perito da Polícia Federal, acredita que o novo sistema vai trazer mais segurança para a população e motivar uma mudança de comportamento por parte dos motoristas goianos. “São dois usos principais desta tecnologia: a repressão a criminalidade e melhorar o trânsito da nossa capital”, declara.
Segundo o especialista, apesar do alto custo, o videomonitoramento vai trazer mais benefícios que, se comparados a outras medidas de coibir e solucionar crimes de trânsito, pesarão menos no orçamento da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT). Ele também lembra que o uso de câmeras não deve contribuir com a chamada “indústria da multa”, uma vez que, com as imagens, os condutores poderão recorrer em caso de multas indevidas.
O principal diferencial do videomonitoramento, conforme o especialista, é o uso da tecnologia 24/7 (24 horas por dia, 7 dias por semana), câmera com alta resolução, o que permite identificar pessoas e placas de veículo com mais facilidade, além da faixa de visão em 360º. Com estes recursos é possível monitorar espaços ampliados.
Apesar dos benefícios, Albernaz lembra que, com o alcance da câmera, as pessoas terão parte de sua privacidade exposta. Ele afirma que, embora a questão seja importante, a população deverá ceder neste ponto em prol da segurança. “Há ainda o bom senso de quem está por trás das câmeras”, pontua.