Vice-presidente da Adfego diz que a acessibilidade ainda é uma barreira

O vice-presidente da Adfego (Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás)André Jonas de Campos concedeu entrevista ao Diário do Estado. Ele falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos deficientes no cotidiano. Citou a falta de acessibilidade nas calçadas e os empecilhos que, por vezes, o mercado de trabalho oferece.

Sobre as dificuldades, o vice-presidente da Adfego disse que elas são comuns. “Hoje a pessoa com deficiência vive tendo que lidar constantemente com dois entraves. O primeiro é a falta de efetividade das normas protetivas às pessoas com deficiência. E em segundo, com a própria falta de consciência da sociedade. A partir do momento em que a sociedade como um todo, unir forças com as pessoas com deficiência é que teremos efetividade nas leis e na acessibilidade”.

De acordo com André, no último senso divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os números apontavam que cerca de dois por cento da população possui alguma deficiência física. Ele apontou ainda que os dados não são completos pois vários deficientes não foram entrevistados pelo instituto.

O vice-presidente comentou sobre os avanços no mercado de trabalho. “Já tivemos grandes avanços neste aspecto. Temos parceria com o Ministério Público do Trabalho, onde buscamos melhorar a fiscalização do sistema de cotas nas empresas. Hoje várias pessoas estão inseridas no mercado de trabalho. Ainda temos muitos entraves e de certa forma uma visão atrofiada de acreditar que as pessoas com deficiência não conseguem executar uma função”.

Em contrapartida, ele também alertou sobre como algumas empresas evitam de contratar deficientes físicos. “A maior dificuldade hoje é que os trabalhos oferecidos, principalmente em empresas de grande porte, são trabalhos de grande esforço físico como limpeza, segurança, carregador, estoquista. Algumas empresas oferecem esses trabalhos no intuito de não contratarem pessoas com deficiência”.

Segundo André, houve uma evolução nos direitos dos deficientes físicos nos últimos anos. Para efeito de comparação, ele citou sua situação enquanto fazia faculdade. Algumas vezes André não conseguia ir às aulas devido aos elevadores do prédio onde estudava não estarem funcionando.

Ele disse que os deficientes físicos, em alguns casos, recebem uma proteção excessiva dos familiares que têm medo da sociedade não saber lidar com as diferenças. “Hoje a pessoa com deficiência tem lutado para mostrar que a limitação física é apenas um detalhe. A limitação não pode ser um impedimento para exercer seus direitos”.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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