App ‘Monitora, Brasil!’ é ferramenta para fiscalizar e cobrar parlamentares

A crise política que tomou conta do Brasil nos últimos anos teve ao menos um reflexo positivo. A sociedade passou a se interessar mais pelo tema e cobrar dos parlamentares. Com base nisso, algumas ferramentas de fiscalização da vida no Congresso surgiram, como é o caso do aplicativo ‘Monitora, Brasil!’.

A iniciativa surgiu de dois egressos da Universidade Federal de Goiás. Um deles é o cientista político goiano Gustavo Cruvinel. Ele concedeu entrevista ao Diário do Estado e contou como foi concebido o projeto, iniciado após as manifestações de rua de 2013. (Confira a entrevista completa acima).

“ A ideia inicial era fiscalizar os gastos com cota parlamentar e acompanhar os projetos de lei que estão em tramitação. Desde então evoluímos para as redes sociais. Temos uma página no Facebook com 38 mil seguidores. Estamos evoluindo agora para um portal para colocar informações, artigos sobre combate a corrupção, fiscalização dos gastos publicos e participação da sociedade na política”, explicou.

O intuito dos criadores do aplicativa era, além de dar voz à sociedade, fiscalizar o andamento de projetos com amplo apoio popular. Entre os mais monitorados pela ferramenta estão os projetos de lei das 10 medidas contra a corrupção e também do fim do foro privilegiado.

Para cobrar a análise dessas matérias, o ‘Monitora, Brasil!’ utilizou um mecanismo do Senado que obriga os parlamentares, em caso de atingir apoio suficiente, a apreciarem o tema.

“Utilizamos a ferramenta da Ideia Legislativa do Senado. Com 20 mil apoiamentos, a ideia legislativa é analisada pela Comissão de Legislação Participativa do Senado e pode virar um projeto de lei. Apresentamos essa ideia e estamos buscando os 20 mil apoiamentos para conseguirmos que as 10 medidas originais comecem a tramitar pelo Senado”, disse.

Ao cidadão que deseja contribuir para que a legislação contra a corrupção seja endurecida, Cruvinel explica como fazer. “Basta entrar no site do Senado, procurar o nosso projeto e fazer o apoio com login no Facebook ou alguma conta de e-mail. Na conta do’Monitora, Brasil!’ no Facebook também tem o link. Temos quatro meses para conseguir os 20 mil apoiamentos”, detalhou.

Além do ‘Monitora, Brasil!’, existem outras iniciativas que fiscalizam a política brasileira. Para Cruvinel, o melhor para o amadurecimento político é a união dessas ferramentas. “É importante incentivá-las para formar um ecossistema para incentivar a luta contra a corrupção e uma maior participação da sociedade na política.”

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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