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Projeto quer revolucionar tratamento de lixo no Brasil, e deve gerar 9 mil empregos

Última atualização 25/10/2017 | 11:50

Um projeto desenvolvido pelo Grupo Iner, em parceria com a Confederação do Elo Social e o Sindicato Nacional dos Decoradores e Tapeceiros (Sindetap), quer revolucionar o tratamento de lixo no Brasil. Baseado na Lei 12.305/2010, que prevê o fim dos lixões e aterros sanitários do país até 2020, o programa “Lixo zero Social 10” quer implantar Centros de Triagem e Transbordo (CTT’s) aliados à prédios de assistência social nos municípios. (Confira a entrevista completa acima).

“Dentro do prédio social, vamos ter um advogado, um assistente social, psicólogo e profissionais de três outras áreas. O prédio será alocado na região mais carente, onde as famílias realmente precisam de assistência. O projeto é 100% voltado à família”, afirmou o diretor Rodrigo Nascente.

Segundo Nascento, os CTT’s, compostagens e outros equipamentos de tratamento e reaproveitamento de lixo são oferecidos a empresários. “Foi criado um plano de vendas. Convidamos os empresários do ramo e outros que querem participar do projeto para conhecer e adquirir um CTT. Temos também investidores estrangeiros, como chineses e árabes, interessados em adquirir as usinas”, disse.

O objetivo das usinas é reutilizar quase 100% do lixo. “O CTT faz a separação dos materiais, como plástico, vidro, papelão, que vão para as empresas parceiras do grupo. O material orgânico vai para a usina de compostagem para virar adubo e energia”, detalhou Nascente.

Implantação

Em Goiás, o programa terá quatro regionais. Os CTT’s serão instalados dentro das cidades polos, aquelas com mais de 100 mil habitantes, de cada regional. Apesar da magnitude do projeto, a iniciativa não exige contrapartida do setor público.

“Fazemos um trabalho independente. Queremos a parceria dos governos, mas o grupo anda sozinho”, relatou Nascente. “Aquilo que era para o poder público assumir, o Grupo Iner assumiu”, completou o diretor da 2ª regional do Estado de Goiás, Emílio Alves.

O projeto vai gerar mais de 9 mil empregos em Goiás. Psicólogos, advogados, economistas, administradores, catadores. Todas estas profissões, segundo os gestores do programa, terão espaço na implementação.

“O catador vai ter uma profissão digna. Vai poder ter a carteira registrada, vai ter todo apoio, trabalhar em um ambiente limpo. O projeto visa transformar as vidas dos catadores”, destacou Rodrigo Nascente. “É importante para os moradores também, que não vão ver mais o lixo jogado pelas ruas”, finalizou Emílio Alves.