Aparecida de Goiânia confirma primeiro óbito pela sublinhagem BQ 1.1

Aparecida de Goiânia confirma primeiro óbito pela sublinhagem BQ 1.1

A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) confirmou o primeiro óbito pela sublinhagem BQ 1.1 da variante Ômicron da Covid-19. Por meio do Programa Municipal de Sequenciamento Genômico da cidade, a confirmação ocorreu no dia 2 de dezembro, referindo-se a um homem de 38 anos, hipertenso, com esquema vacinal incompleto.

Confirmação de óbito em Aparecida de Goiânia

De acordo com o último boletim epidemiológico da cidade, de 12 de dezembro, Aparecida de Goiânia já confirmou 151.272 casos positivos de Covid-19. Desses, 148.985 se recuperaram e 1.915 foram a óbito. Neste momento, o município está com 372 casos ativos.

“No dia 23 de novembro fomos notificados sobre um óbito ocorrido em domicílio, com diagnóstico positivo para a covid-19. Iniciamos a investigação de imediato e o material coletado no paciente foi encaminhado para análise genética, que confirmou a BQ 1.1”, informa a superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Ribeiro.

Segundo a gestora, na madrugada do dia 23 ele apresentou quadro de dispneia intensa e progressiva, seguida de irresponsividade. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu o paciente, mas ele não resistiu.

O Programa Municipal de Sequenciamento Genômico já realizou 2.968 sequenciamentos desde o início do programa, em abril de 2021. Segundo os dados da Vigilância Genômica do município, neste ano, 99,7% das amostras analisadas eram Ômicron.

O programa também identificou 30 sublinhagens dessa variante. A BQ 1.1, que chamou a atenção de autoridades em todo o país por estar relacionada ao aumento recente de casos de Covid-19, foi identificada pela primeira vez na cidade na primeira quinzena de novembro.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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