Aparecida de Goiânia identifica duas novas sublinhagens da ômicron

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia identificou duas novas sublinhagens da variante ômicron da Covid-19. De acordo com o Programa de Vigilância Genômica da cidade, este é o primeiro registro das sublinhagens BA.4 e BA.5 na região Centro-Oeste do país. Conforme a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), também é possível confirmar que existe transmissão comunitária dessas sublinhagens no município.

O programa identificou a sublinhagem em três pacientes na última segunda-feira (23), no entanto, só foi divulgado na tarde desta terça-feira (24). Os infectados pela BA.4 são uma casal que está em isolamento domiciliar. A mulher, de 38 anos, testou positivo para a Covid-19 no dia 16 de maio e o homem, de 39 anos, foi diagnosticado no dia 17 de maio.

De acordo com SVS, os dois apresentaram tosse seca, dor de cabeça e mialgia. Ambos são vacinados com as três doses da vacina contra o coronavírus e não precisaram ser internados.

Já a sublinhangem BA.5 foi detectada em um jovem, de 20 anos, que também está em isolamento domiciliar. Ele testou positivo para a covid-19 no dia 16 de maio. Entre os sintomas apresentados por ele estão: dispneia, mialgia, dor de garganta e sintomas gripais. O jovem foi vacinado com duas doses do imunizante contra a doença e não precisou de internação.

Apesar da identificação das sublinhagens, não foi possível rastrear a origem de contaminação dos pacientes.

Acredita-se que a BA.4 e a BA.5 sejam mais transmissíveis que outras linhagens da ômicron, por causa do processo evolutivo do vírus. No entanto, isso não significa um crescimento de hospitalizações e mortes por Covid-19.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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