Aparecida de Goiânia identifica subvariante XBB 1.5 do coronavírus

Programa de Sequenciamento Genômico de Aparecida identifica subvariante

Aparecida de Goiânia identifica subvariante XBB 1.5 do coronavírus

Na última quinta-feira, 2, o Programa de Sequenciamento Genômico da Prefeitura de Aparecida de Goiânia identificou oito subvariantes da Ômicron em circulação no município. Entre elas, a que aumenta o alerta dos profissionais é a XBB.1.5, identificada pela primeira vez na cidade e considerada mais preocupante por sua alta transmissibilidade.

Implantado em abril de 2021 pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e já tendo feito 3.172 investigações de amostras, o Programa de Sequenciamento Genômico da Prefeitura de Aparecida de Goiânia detectou o sétimo caso da subvariante XBB 1.5 no Brasil. Além da descoberta em Goiás, há três casos em São Paulo, um no Rio Grande do Sul, um no Espírito Santo e outro no Amazonas.

O Programa de Sequenciamento da SMS analisa amostras colhidas em moradores durante a realização do RT-PCR que tenham uma carga viral mínima e com os seguintes critérios: pacientes com suspeita de reinfecção, pacientes de baixo risco que precisaram de internação e pacientes aleatórios agrupados por semana epidemiológica.

Estratégia científica eficaz

“Com esses dados sequenciados, identificamos precocemente as variantes do novo coronavírus que circulam em Aparecida e municiamos o nosso banco de informações sobre a doença. O sequenciamento genômico é mais uma estratégia para aprimorar o enfrentamento à pandemia e salvar vidas”, afirma o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.

Já a diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS, Érika Lopes, responsável pelo Programa de Sequenciamento Genômico, salienta que “enquanto o Sars-CoV-2 estiver circulando, ele sofre mutações, fruto do processo natural da replicação do vírus. Nesse sentido, algumas mutações podem garantir um maior poder de adaptação gerando novas linhagens mais infectantes, letais ou com escape imunológico. Daí a importância de se identificar e monitorar as variantes em circulação para conhecer e entender melhor a dinâmica de evolução e dispersão do vírus”.

Entenda o caso

A Superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Fabiana Ribeiro, informa que o caso identificado com a subvariante XBB.1.5 em Aparecida é de uma paciente de 18 anos de idade que foi diagnosticada com covid-19 no último 17 de janeiro. “Ela apresentou sintomas gripais como dor de cabeça, tosse e dor de garganta e constatamos que os contatos familiares (esposo, filho, sogro e sogra) também tiveram a doença no mesmo período, todos sem necessidade de hospitalização. A paciente negou que tenha feito viagens ou que tenha tido contato direto com pessoas de outros estados”, destaca a gestora.

Daniela acrescenta que foi realizada busca no sistema de informação de vacinação contra a covid-19 e não foram identificados registros de que a paciente tenha sido vacinada. “Apenas um dos contatos da paciente com resultado positivo para a doença possui registro de uma dose da vacina pfizer”, explica. Ainda segundo a gestora, dois familiares da paciente que foram testados pelo método RT-PCR terão suas amostras avaliadas sobre a possibilidade de sequenciamento. “Os outros dois casos não poderão ser investigados genomicamente porque foram testados pelo método de antígeno”, completa.

Vacinação que salva vidas

Os profissionais da SMS enfatizam que a pandemia da Covid-19 está, no Brasil, menos forte e com menos riscos de morte e agravamentos, sobretudo graças à vacinação. A esse respeito, o secretário Alessandro alerta: “É preciso se imunizar! Todos devem estar com seus esquemas vacinais completos, indicados para cada idade, e quem não estiver em dia com a proteção deve buscá-la rapidamente. A vacinação é indispensável e salva vidas”.

Com 1.301.050 doses de vacinas aplicadas até o início de janeiro de 2023, Aparecida estima que já imunizou com duas doses praticamente toda a população adulta da cidade (98%), estimada em 422.666 habitantes, de acordo com dados do IBGE. Já a cobertura vacinal com a terceira dose é de 42% e com a quarta dose é de 14%.

Dentre os adolescentes de 12 a 17 anos, estimados em 55.212 habitantes, 78% receberam a primeira dose, 55% receberam a segunda dose e apenas 15% procuraram os postos para receber o reforço. Por fim, na população infantil de 06 meses a 11 anos, estimada em 78.983 habitantes, a cobertura vacinal com a primeira dose é de 51% e com a segunda dose é de 31%.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos