Aparecida de Goiânia inicia monitoramento com câmeras de reconhecimento facial

Em entrevista ao jornal Diário do Estado, o secretário de ciência, tecnologia e inovação, de Aparecida de Goiânia, Cleomar Rocha, fala sobre o monitoramento na cidade através de câmeras com reconhecimento facial.

O secretário explica que junto com o lançamento das 650 câmeras, também foi inaugurado o Centro de Inteligência Tecnológica. A cidade digital é um passo para a construção de uma cidade inteligente.

Segundo o secretário explica que o objetivo da implantação das câmeras é além da segurança. “Conseguimos monitorar as escolas, as unidades de saúde. Conseguiremos saber quanto gastamos, como está o estoque. Conseguiremos não deixar faltar nenhum item de prioridade, quando estiver acabando seremos avisados”, relata.

Cleomar acrescenta que as câmeras inteligentes são capazes de observar identificação facial, quanto identificação de veículos, elas estão integradas em toda cidade, podendo acompanhar veículos e identificar pessoas, podendo ajudar para encontrar pessoas desaparecidas. Focos de incêndio podem ser identificados para auxiliar os bombeiros, em casos de acidentes avisar o Samu.

“É o conjunto de ações de um olhar inteligente que vai varrer toda extensão da cidade 24 horas por dia todos os dias. Quem monitora a cidade é o sistema e não humanos. Quando acontecer algo atípico, o sistema convoca um agente humano.”, descreve o secretário.

O secretário explica que é professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), e possui um laboratório de pesquisa, desenvolvimento e inovação, o Media Lab, que possui sede na UFG, que possui pontos de apoia na UNB, USP Campinas, entre outras.

O projeto para cidade de Aparecida de Goiânia foi desenvolvido na UFG. Quando o prefeito Gustavo Mendanha, assumiu, convidou o professor para assumir a Secretaria. O projeto foi realizado após pesquisas, porém as soluções tecnológicas foram adquiridas pela prefeitura.

Confira a entrevista na íntegra:

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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