Aparecida de Goiânia é a cidade do país com maior porcentagem de mulheres que precisam sair do município para dar à luz, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Segundo o IBGE, 80,8% das mães deixam Aparecida para terem seus filhos em outra cidade. Esse percentual coloca Aparecida de Goiânia à frente de outras cidades como Belford Roxo (RJ), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Ananindeua (PA).
Entre as cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes, Aparecida de Goiânia é a que apresenta a maior porcentagem de mulheres que saem do município para dar à luz. Os dados foram divulgados no Relatório do Registro Civil pelo IBGE, e apontam que 80,8% dos nascimentos na cidade ocorreram em hospitais fora do local de residência da mãe.
Em segundo lugar no ranking está Belford Roxo, no Rio de Janeiro, com 79,5% das mães saindo da cidade para terem seus filhos. Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, e Ananindeua, no Pará, também estão entre as cidades com altas taxas de partos fora do município de residência das mulheres.
A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia informou que, até fevereiro de 2024, a cidade contava com apenas uma maternidade, que não era suficiente para atender à demanda local. No entanto, a Prefeitura de Aparecida inaugurou a nova Maternidade Municipal Maria da Cruz Gomes Santana, com 30 leitos, UTI’s neonatais e atendimento 24 horas.
De acordo com o IBGE, as cidades incluídas no levantamento pertencem às regiões metropolitanas das capitais dos estados. A busca por melhores hospitais e maternidades na rede pública de saúde das capitais pode explicar a tendência das mulheres em se deslocarem para dar à luz em outras cidades.
As capitais com o maior percentual de nascimentos em municípios diferentes daqueles em que as mães residem são Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG), com 33,9%. Esses números refletem a busca por atendimento de saúde de qualidade e estrutura mais adequada para o momento do parto.
A Maternidade Municipal de Aparecida de Goiânia, inaugurada em 2024, opera atualmente com metade de sua capacidade, contando com 50 leitos e atendimento totalmente público e gratuito. A Secretaria Municipal de Saúde planeja expandir o número de leitos para 60, com o apoio do governo federal, visando atender plenamente à demanda local por serviços de saúde materna.