Aparecida orienta sobre a importância da qualidade da água para evitar doenças

Aparecida orienta sobre a importância da qualidade da água para evitar doenças

Neste mês do Dia Mundial da Água (Celebrado em 22 de março), a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) está intensificando, em toda a rede, ações educativas sobre as boas práticas de higiene, além de ampliar o monitoramento de doenças diarreicas agudas, principalmente em crianças menores de um ano. Ao mesmo tempo, a pasta promove a distribuição orientada de hipoclorito de sódio 2,5% às famílias que não possuem acesso à água tratada.

Hoje, terça-feira, 28 de março, Dia D da campanha, as atividades se concentram nas regiões com maior incidência dessas doenças. O ponto de apoio dos profissionais é, ao longo de todo o dia, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Colina Azul, na qual são realizados, por mês, mais de 3000 atendimentos mensais, como informa a diretora administrativa da unidade, Helena Porto. “Estamos contentes por poder apoiar iniciativas assim na região. A população assistida por nós precisa dessas orientações e esse tipo de iniciativa nos aproxima ainda mais dos moradores”, destaca ela.

A superintendente de Vigilância em Saúde Daniela Fabiana Ribeiro, aponta que, dentre as medidas de prevenção contra as doenças, estão o provimento de água, em quantidade e qualidade, o tratamento de esgoto e a promoção do saneamento em toda a comunidade: “Em Aparecida, no ano passado, foram notificados 22.649 casos de doença diarreica aguda. Além de tratar e acompanhar esses pacientes, a SMS monitora as regiões com maior predominância de casos para investigar possíveis surtos e promover ações educativas e preventivas, como a de hoje”.

Trabalho intenso

As orientações prestadas pelos profissionais incluem também informações sobre meios alternativos para purificação da água e análise hídrica. Na mobilização, os agentes de combate a endemias (ACE) distribuem hipoclorito de sódio 2,5% e ensinam sobre o consumo seguro de água. E mais: a mobilização de hoje está inserida no Programa Nacional Saúde com Agente do governo federal, estratégia que visa aprimorar o trabalho desses profissionais, bem como fomentar métodos de formação e práticas pedagógicas inovadoras. Na manhã de hoje, apenas na região do Colina Azul, até as 10h30, 500 frascos de hipoclorito foram distribuídos.

A enfermeira responsável pelo Programa de Doenças Hídricas e Alimentares, Josiane Borges, destaca que a região do Colina Azul foi selecionada para concentrar grande parte da mobilização porque “detectamos um grande aumento de doenças diarreicas agudas aqui no setor e em Aparecida em geral. Por isso, resolvemos fazer uma ação nesses locais para alertarmos a população sobre o uso da água. Muitas famílias, até mesmo algumas que têm saneamento básico, fazem uso de meios alternativos de coleta de água, tais como cisternas e captação de água da chuva, então estamos orientando sobre a purificação do líquido, distribuindo o hipoclorito e ensinando a usá-lo. ”

Receptividade da população

Josiane ainda explica que os trabalhos são uma ação integrada das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental: “A junção desses setores produz um serviço unificado que consegue abranger todas as áreas da saúde. Juntamos dados, coletamos água de locais onde tem cisterna, e, com os agentes de combate a endemias, fazemos visitas, entregamos hipoclorito e damos orientações. A população está sendo calorosa conosco, ficam curiosos e interessados e muitos não têm conhecimento que a água da cisterna pode estar causando algum tipo de doença. ”

Adriana Ferreira Oliveira, moradora do Colina Azul há 25 anos, não conhecia o hipoclorito de sódio e seus efeitos e ouviu atentamente as orientações da equipe. Ela mora com o marido e duas filhas, além dos cachorros Bo e Pandora. Cuidadosa, recebeu os agentes mostrando o quintal limpo e organizado e disse que “vou me preocupar mais com a água que bebemos e usamos nos alimentos a partir de agora. Isso é coisa séria, é para as pessoas terem mais saúde, e vou usar o produto que me deram. A gente nunca deve parar de aprender coisas úteis na vida, por isso estou muito feliz com essa visita. ”

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos