Última atualização 28/03/2023 | 15:26
Neste mês do Dia Mundial da Água (Celebrado em 22 de março), a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) está intensificando, em toda a rede, ações educativas sobre as boas práticas de higiene, além de ampliar o monitoramento de doenças diarreicas agudas, principalmente em crianças menores de um ano. Ao mesmo tempo, a pasta promove a distribuição orientada de hipoclorito de sódio 2,5% às famílias que não possuem acesso à água tratada.
Hoje, terça-feira, 28 de março, Dia D da campanha, as atividades se concentram nas regiões com maior incidência dessas doenças. O ponto de apoio dos profissionais é, ao longo de todo o dia, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Colina Azul, na qual são realizados, por mês, mais de 3000 atendimentos mensais, como informa a diretora administrativa da unidade, Helena Porto. “Estamos contentes por poder apoiar iniciativas assim na região. A população assistida por nós precisa dessas orientações e esse tipo de iniciativa nos aproxima ainda mais dos moradores”, destaca ela.
A superintendente de Vigilância em Saúde Daniela Fabiana Ribeiro, aponta que, dentre as medidas de prevenção contra as doenças, estão o provimento de água, em quantidade e qualidade, o tratamento de esgoto e a promoção do saneamento em toda a comunidade: “Em Aparecida, no ano passado, foram notificados 22.649 casos de doença diarreica aguda. Além de tratar e acompanhar esses pacientes, a SMS monitora as regiões com maior predominância de casos para investigar possíveis surtos e promover ações educativas e preventivas, como a de hoje”.
Trabalho intenso
As orientações prestadas pelos profissionais incluem também informações sobre meios alternativos para purificação da água e análise hídrica. Na mobilização, os agentes de combate a endemias (ACE) distribuem hipoclorito de sódio 2,5% e ensinam sobre o consumo seguro de água. E mais: a mobilização de hoje está inserida no Programa Nacional Saúde com Agente do governo federal, estratégia que visa aprimorar o trabalho desses profissionais, bem como fomentar métodos de formação e práticas pedagógicas inovadoras. Na manhã de hoje, apenas na região do Colina Azul, até as 10h30, 500 frascos de hipoclorito foram distribuídos.
A enfermeira responsável pelo Programa de Doenças Hídricas e Alimentares, Josiane Borges, destaca que a região do Colina Azul foi selecionada para concentrar grande parte da mobilização porque “detectamos um grande aumento de doenças diarreicas agudas aqui no setor e em Aparecida em geral. Por isso, resolvemos fazer uma ação nesses locais para alertarmos a população sobre o uso da água. Muitas famílias, até mesmo algumas que têm saneamento básico, fazem uso de meios alternativos de coleta de água, tais como cisternas e captação de água da chuva, então estamos orientando sobre a purificação do líquido, distribuindo o hipoclorito e ensinando a usá-lo. ”
Receptividade da população
Josiane ainda explica que os trabalhos são uma ação integrada das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental: “A junção desses setores produz um serviço unificado que consegue abranger todas as áreas da saúde. Juntamos dados, coletamos água de locais onde tem cisterna, e, com os agentes de combate a endemias, fazemos visitas, entregamos hipoclorito e damos orientações. A população está sendo calorosa conosco, ficam curiosos e interessados e muitos não têm conhecimento que a água da cisterna pode estar causando algum tipo de doença. ”
Adriana Ferreira Oliveira, moradora do Colina Azul há 25 anos, não conhecia o hipoclorito de sódio e seus efeitos e ouviu atentamente as orientações da equipe. Ela mora com o marido e duas filhas, além dos cachorros Bo e Pandora. Cuidadosa, recebeu os agentes mostrando o quintal limpo e organizado e disse que “vou me preocupar mais com a água que bebemos e usamos nos alimentos a partir de agora. Isso é coisa séria, é para as pessoas terem mais saúde, e vou usar o produto que me deram. A gente nunca deve parar de aprender coisas úteis na vida, por isso estou muito feliz com essa visita. ”