Apartamentos em Campinas têm preços acima da média e tamanhos menores, revela pesquisa do Secovi-SP

Novos apartamentos em Campinas têm tamanhos menores e preços maiores que a média DE, diz Secovi. Metrópole tem quinto maior preço médio do metro quadrado e quarta menor média de área do estado para imóveis verticais. Um levantamento realizado pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) mostrou que Campinas (SP) tem o quinto maior preço médio do metro quadrado do estado para imóveis verticais, ao passo que a média da área é a quarta menor, perdendo para Bauru, São José do Rio Preto e Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

Pesquisa também mostrou que, entre janeiro e setembro de 2024, aumentou em 29,5% o número de imóveis lançados em relação a 2023. No mesmo período, as unidades vendidas caíram 8,3%. No período analisado, entre julho e setembro deste ano, o preço médio do metro quadrado foi de R$ 8.535, maior que a média do estado, que ficou em R$ 7.816. No entanto, menor que Baixada Santista (R$ 9.920), Grande ABC (R$ 8.901), Jundiaí (R$ 8.635) e RMSP (R$ 8.565).

O valor em Campinas ficou sempre acima da média do estado durante o ano de 2024. A área média dos apartamentos da metrópole, por sua vez, é de 60 m², empatado com Sorocaba e o Grande ABC e menor que a média do estado, que tem 67 m². Já em relação aos imóveis inseridos no programa Minha Casa Minha Vida, o preço médio do metro quadrado em Campinas foi de R$ 5.806, também maior que a média do estado, que esteve em R$ 5.515 no período analisado.

Ao comparar com outros grandes centros do estado, a metrópole teve o quinto maior valor médio, atrás de Jundiaí (R$ 6.557), Grande ABC (R$ 6.274) Barretos (R$ 6.202), e Região Metropolitana de São Paulo (R$ 6.051). O preço médio dos imóveis MCMV em Campinas também se mantiveram acima da média do estado durante todo o ano. A área média dos apartamentos MCMV da metrópole é a mesma do estado, com 45 m², empatado com Presidente Prudente Rio Preto e Sorocaba.

Segundo Daniel Aranovich, diretor de intermediação imobiliária e marketing da regional do Secovi-SP em Campinas, o mercado imobiliário na metrópole é bastante diversificado e atende diferentes faixas de renda. Aranovich destaca a importância do programa Minha Casa Minha Vida para a consolidação das unidades lançadas para famílias de renda mais baixa e média. Foram 2.144 unidades lançadas até setembro, o equivalente a 74,6% das unidades lançadas. “Esse programa atende principalmente famílias de renda mais baixa e média, que buscam financiamento com condições acessíveis”, diz.

Enquanto para o segmento de renda média e média alta, foram lançadas 1.827 unidades até setembro. O diretor comenta que estas unidades possuem localização privilegiada e são imóveis com acabamentos de melhor qualidade. Apesar de a pesquisa focar apartamentos, o diretor do Secovi aponta que existe diferença entre o público interessado em imóveis verticais com os que preferem casas. Ele indica os bairros mais atrativos para o segmento de renda média e média alta:

Apartamentos: os bairros mais procurados são o Cambuí e a Nova Campinas, com metragens entre 90 m² e 130 m². São locais com infraestrutura completa, conveniência e boa localização para atender famílias menores e profissionais que buscam conforto e praticidade.
Casas: os bairros mais procurados incluem o Gramado, Sousas e região do Alphaville, com metragens entre 280 m² e 400 m². Neste caso, ele diz que são bairros que atraem famílias em busca de privacidade e espaços amplos.

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Mães de autistas detidas após protesto por direitos na Secretaria da Saúde

Mães de crianças autistas são detidas após protestarem na Secretaria da Saúde
por direitos garantidos em Ação Civil Pública

Duas mulheres foram levadas para o 14º Distrito Policial após quebrarem o vidro de uma janela e danificarem uma bancada. O ato começou na Avenida Paulista e terminou na sede da secretaria, na mesma região; mães pedem fornecimento de medicamentos, atendimentos médicos e matrículas em escolas.

Mães de crianças autistas protestaram nesta segunda-feira (6) na Secretaria da Saúde do Estado — Foto: Arquivo Pessoal

Duas mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foram detidas e levadas para a delegacia nesta segunda-feira (6) após protestarem na Secretaria da Saúde do Estado, em Cerqueira César, Zona Oeste de São Paulo.

O protesto, que começou na Avenida Paulista, tinha como principal objetivo pedir que os direitos aos filhos garantidos por uma decisão judicial decorrente de uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em 2000 sejam cumpridos (veja mais abaixo sobre a ação).

Conforme boletim de ocorrência, as duas mulheres foram autuadas por danos ao patrimônio público depois de quebrarem o vidro de uma janela e danificarem bancada com um martelo. Uma funcionária relatou à polícia que quatro mulheres foram até a secretaria e ficaram “alteradas” após uma reunião no Grupo de Coordenação das Demandas Estratégicas.

Após as mães serem ouvidas na delegacia, elas foram liberadas. Em nota, a Secretaria da Saúde afirmou que está à disposição de todo e qualquer familiar de pacientes com transtorno do espectro autista (TEA) que recebe atendimento pela pasta.

“A SES lamenta o ocorrido na tarde desta segunda-feira (6) e a violência sofrida pelos profissionais de saúde, e enfatiza que preza pelo diálogo e a assistência humanizada dos pacientes”, disse a pasta.

Uma das detidas é Márcia Silva Santos, que mora em Osasco, Grande São Paulo. A ela, relatou que foi até a secretária pedir explicações, já que o filho de 11 anos não consegue autorização para receber cannabidiol nem se matricular em alguma escola.

“Nós não queríamos quebrar nada dentro da Secretaria da Saúde. Eu já venho nessa luta já há algum tempo. Meu filho tem 11 anos. Não está matriculado em escola nenhuma dentro do estado de São Paulo. DE vem negando os direitos do meu filho. DE vem negando o medicamento do meu filho. Nem só o do meu filho. Tem várias mães que estão aqui comigo que vem acontecendo tudo isso. Não sou só eu que estou sofrendo.”

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