Apenas 62,3% das famílias carentes de Goiânia trocaram a parabólica pela digital 

família

Cinco meses após a ativação da tecnologia 5G, muitas famílias carentes ainda não solicitaram a troca da parabólica pela digital. A estimativa é que 2,1 mil tenham direito à substituição, mas somente 296 foram instalados até a última sexta-feira, 27. O número corresponde a apenas 62,3% do total previsto. De acordo com a entidade Siga Antenado, aproximadamente 38,3 mil kits gratuitos devem ser distribuídos na capital e região formada por outras 49 cidades.

 

A substituição é necessária para a disponibilização do novo sinal, que interrompeu a atual frequência de televisão convencional para não sobrepor as redes. Na prática, quem não fizer a troca, não conseguirá assistir aos canais de TV aberta. A vantagem é a melhoria da qualidade de som e imagem. As famílias que utilizam outros sistemas de recepção para assistir televisão, como antena digital espinha de peixe instalada no alto da casa, antena digital interna ou TV por assinatura não precisam se preocupar, pois não haverá qualquer mudança em seus equipamentos.

 

“É muito importante que as pessoas procurem nossos canais de atendimento o quanto antes para saber se têm direito ao kit gratuito e o que precisam fazer para migrar para a nova tecnologia”, afirma o presidente da Siga Antenado, Leandro Guerra. 

 

Luziânia e Águas Lindas de Goiás são as cidades com maior número de famílias que devem ser atendidas, com 4,1 mil e 3,5 mil kits previstos, respectivamente. Na sequência, estão: Valparaíso de Goiás (3,2 mil), Formosa (2, 4 mil), Nova Gama (2,1 mil), Goiânia (2,1 mil) e Planaltina (1,8 mil).  A troca gratuita dos equipamentos é prevista para beneficiários de programas sociais do Governo Federal. Para verificar se tem direito ao kit gratuito, a população deve acessar o site sigaantenado.com.br ou ligar gratuitamente para 0800 729 2404 com o CPF ou NIS em mãos para agendar a visita do técnico para instalar a nova parabólica.

 

Com o 5G, a proposta é favorecer a evolução e maior acesso a opções como telemedicina, cirurgias a distância e chegada de carros autônomos, por exemplo. No caso de trabalhadores, a perda dos empregos e isolamento social intensificaram a pobreza que poderia ter sido remediada com a chance de empreender online com vendas dentro e fora das comunidades. O fechamento de algumas agências bancárias e solicitação de produtos em e-commerces também fica inviabilizada sem a internet de qualidade fazendo com que consultar o saldo na conta digital se torne impossível. 

 

As cidades com mais de 500 mil habitantes começaram a passar pelo processo neste mês de janeiro. A partir de julho de 2023, o serviço começa nos municípios com mais de 200 mil habitantes. O trabalho segue em 2024 e 2025 por todo o Brasil. 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp