Motoristas goianos podem sentir alívio no bolso nas próximas semanas

O preço médio do etanol para o consumidor final é o terceiro menor do país, perdendo apenas para o Mato Grosso (MT) e São Paulo (SP), segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP).  Os dados são da semana entre os dias 10 e 16 de abril. O litro foi comercializado em média a R$ 5,173. O preço do litro na usina esta semana foi de R$ 3,30, o menor entre todos os estados, conforme o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol no Estado de Goiás (Sifaeg), André Rocha.

“Desde a semana passada começou a reduzir o valor nas usinas. O preço está caindo e na medida em que as usinas começarem a trabalhar com a safra, a oferta do produto será maior. Resta saber se a queda vai chegar aos consumidores”, explicou.

André Rocha revelou que devido a um período de seca prolongada nos dois últimos anos, diversos incêndios – alguns criminosos, e até geada, a safra da cana-de-açúcar foi comprometida e atrasou muito. Ele acredita que por causa disso, a safra da região Centro-Sul fique 30% menor que a do ano passado.

Segundo o presidente do Sifaeg, independente do cenário, as usinas praticam o menor preço do país, com o litro do álcool sendo comercializado a R$ 3,30 . “E aqui o ICMS é de 25%. Em São Paulo é de 12% e o preço do litro é de 3,84 na usina”, lembra. No mesmo estado, o preço médio do litro do combustível nos postos, na semana entre 10 e 16 de abril foi de R$ 5, 036. O mais barato foi o praticado no Mato Grosso, de R$ 4,927, apesar do preço na usina ser de R$ 4,46 o litro de álcool.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados do Petróleo (SnidiPosto). Márcio Martins de Castro Andrade, não houve redução de preço nas usinas e assim que os postos comprarem das distribuidoras com redução, os consumidores vão perceber a redução.

“É importante deixar claro que os postos, apesar de poderem adquirir direto da usina, ainda não conseguem comprar no Estado de Goiás porque, segundo informações, só tem uma usina negociando e o volume ainda é inexpressivo frente a todo o volume que é comercializado no Estado. Portanto, dependemos ainda do preço praticado pelas distribuidoras para definir o preço na bomba”.

Segundo ele, o processo, tanto de elevação do preço, quanto de redução não se dá de forma imediata, pois dependem de estoques e das decisões de cada empresário. “A tendência é de levar para o varejo o que acontece no atacado, portanto, se está havendo redução na usina, os postos vão comprar das distribuidoras com redução e na sequência os consumidores perceberão essa redução. É um motivo de torcida para toda a categoria dos postos para que o mercado se aqueça novamente e os postos possam a atender dentro da normalidade”.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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