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Motoristas goianos podem sentir alívio no bolso nas próximas semanas

Última atualização 26/04/2022 | 17:20

O preço médio do etanol para o consumidor final é o terceiro menor do país, perdendo apenas para o Mato Grosso (MT) e São Paulo (SP), segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP).  Os dados são da semana entre os dias 10 e 16 de abril. O litro foi comercializado em média a R$ 5,173. O preço do litro na usina esta semana foi de R$ 3,30, o menor entre todos os estados, conforme o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol no Estado de Goiás (Sifaeg), André Rocha.

“Desde a semana passada começou a reduzir o valor nas usinas. O preço está caindo e na medida em que as usinas começarem a trabalhar com a safra, a oferta do produto será maior. Resta saber se a queda vai chegar aos consumidores”, explicou.

André Rocha revelou que devido a um período de seca prolongada nos dois últimos anos, diversos incêndios – alguns criminosos, e até geada, a safra da cana-de-açúcar foi comprometida e atrasou muito. Ele acredita que por causa disso, a safra da região Centro-Sul fique 30% menor que a do ano passado.

Segundo o presidente do Sifaeg, independente do cenário, as usinas praticam o menor preço do país, com o litro do álcool sendo comercializado a R$ 3,30 . “E aqui o ICMS é de 25%. Em São Paulo é de 12% e o preço do litro é de 3,84 na usina”, lembra. No mesmo estado, o preço médio do litro do combustível nos postos, na semana entre 10 e 16 de abril foi de R$ 5, 036. O mais barato foi o praticado no Mato Grosso, de R$ 4,927, apesar do preço na usina ser de R$ 4,46 o litro de álcool.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados do Petróleo (SnidiPosto). Márcio Martins de Castro Andrade, não houve redução de preço nas usinas e assim que os postos comprarem das distribuidoras com redução, os consumidores vão perceber a redução.

“É importante deixar claro que os postos, apesar de poderem adquirir direto da usina, ainda não conseguem comprar no Estado de Goiás porque, segundo informações, só tem uma usina negociando e o volume ainda é inexpressivo frente a todo o volume que é comercializado no Estado. Portanto, dependemos ainda do preço praticado pelas distribuidoras para definir o preço na bomba”.

Segundo ele, o processo, tanto de elevação do preço, quanto de redução não se dá de forma imediata, pois dependem de estoques e das decisões de cada empresário. “A tendência é de levar para o varejo o que acontece no atacado, portanto, se está havendo redução na usina, os postos vão comprar das distribuidoras com redução e na sequência os consumidores perceberão essa redução. É um motivo de torcida para toda a categoria dos postos para que o mercado se aqueça novamente e os postos possam a atender dentro da normalidade”.