Apesar dos preços, goianienses perdem medo e retornam aos salões de beleza

Os cuidados com corte, escova, maquiagem e unhas voltaram a ser hábito para muitos goianienses em salões de beleza. O fim da máscara fez o mercado da beleza se aquecer novamente. A corrida, principalmente feminina, a esses espaços, têm deixado a agenda dos profissionais lotadas, apesar do reajuste no preço dos serviços.

Famoso na Capital, o especialista em cortes de cabelo, Luciano Servulo, voltou à tabela de preços anterior à pandemia. Mesmo assim, agendar um horário exige paciência porque as vagas disponíveis são para daqui um mês. 

“Cheguei a reduzir o preço dos meus serviços por um tempo, mas retornei aos originais. Os produtos sofreram acréscimos no custo. Meu corte não é por gênero masculino ou feminino, mas por tamanho. Chamo até de P, M ou G, que varia de R$ 150 a R$ 250. Na pandemia eu cobrava R$ 150  para qualquer tamanho, incluindo a lavagem e finalização”, pontua.

O profissional afirma que a demanda por maquiagem foi a que mais sofreu queda nos últimos dois anos. A procura voltou a subir nos últimos seis meses, período em que a vacinação com as doses de reforço contra a Covid avançou em todo o País. O ânimo ajuda a manter o País como o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, de acordo com a pesquisa realizada pelo Euromonitor International.

A ideia da maioria das pessoas é voltar a viver sem preocupações após o medo e consequências da Covid-19. No mundo das makes, as tendências refletem justamente essa vontade de celebrar com intensidade. A maquiadora Fany Mesquita percebe isso ao atender as clientes. 

“Noto a procura por maquiagens coloridas, indo mais para o rosa e azul, e com delineado diferente. Mesmo as mais discretas, pedem algo inusitado. Elas querem ousar mais e dizem ‘quero me arrumar, passear aproveitar que estou viva’. As pessoas estão celebrando a vida”, avalia.

A cautela, no entanto, ainda tem espaço entre alguns clientes. Para alguns deles, a máscara ainda faz parte do dia a dia pelo receio. A aposentada Regina Centeno não teve Covid e circula com o acessório de proteção mesmo após a liberação pela Prefeitura de Goiânia. É assim que ela se sentiu mais segura para voltar a frequentar o salão de beleza.

“Ficar reclusa, isolada em casa me levou a querer descomplicar coisas na minha vida, inclusive não depender de tingir o cabelo de 15 em 15 dias, porque estou com 61 anos e o meu cabelo apresentava a raiz branca muito rapidamente”, confidencia. O retorno para ela foi ainda mais assustador quando notou a mudança de preços que chegaram a ficar caros entre  20% a 30%, segundo ela.

A maquiagem feita por Fany, por exemplo, subiu 10% para contemplar os aumentos de produtos que chegou a 63%, no caso de um deles. “Um corretivo da MAC que custava R$149 está R$179. Outra da iGlow era encontrado por R$110  e agora sai por R$180. A verdade é que são ótimos produtos e o resultado é diferenciado”, destaca.

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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