Com paralisação dos rodoviários da 1001 em São Luís, prefeitura oferece corrida por app para candidatos do Enem
De acordo com a Prefeitura de São Luís, para ter acesso aos vouchers, os estudantes precisam realizar cadastro obrigatório até às 13h deste sábado (15), em um formulário disponível no site da Prefeitura.
Paralisação total atinge moradores de 15 bairros e deixa usuários sem ônibus nesta sexta-feira (14). — Foto: Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante
Rodoviários da empresa de ônibus DE mantêm a frota paralisada neste fim de semana em São Luís. O protesto é contra atraso de salários e falta de pagamento de benefícios. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a paralisação atinge cerca de 15 bairros da capital e só deve terminar quando empresários ou o sindicato patronal (SET) apresentarem uma solução.
Para minimizar o impacto da frota reduzida no segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ser realizado neste domingo (16), o município de São Luís informou que irá disponibilizar corridas por aplicativo por meio de vouchers para candidatos que dependem do transporte público, uma medida semelhante à utilizada na última greve dos rodoviários em São Luís.
De acordo com a Prefeitura de São Luís, para ter acesso aos vouchers, os estudantes precisam realizar cadastro obrigatório até às 13h deste sábado (15), em um formulário disponível no site da Prefeitura.
Apenas usuários regulares do transporte coletivo, estudantes e pessoas com deficiência (PCDs), poderão solicitar o benefício. O cadastro exige nome completo, CPF, número de celular vinculado ao aplicativo 99 e o código de 13 dígitos do cartão de transporte urbano, que comprova o uso ativo do sistema.
Cada usuário terá direito a dois vouchers, no valor unitário de R$ 30, válidos exclusivamente no domingo, das 10h às 21h, limitados ao território de São Luís. Caso a corrida ultrapasse o valor do voucher, o excedente deverá ser pago pelo estudante. O saldo não utilizado não poderá ser acumulado.
Segundo a administração municipal, as regras foram criadas para garantir que o recurso emergencial seja aplicado de forma justa e direcionada, evitando fraudes e assegurando o atendimento aos estudantes que dependem do transporte para chegar aos locais de prova.
Os rodoviários da empresa de ônibus 1001 paralisaram completamente a frota na manhã dessa sexta-feira (14), em São Luís, durante um protesto motivado pelo atraso de salários e pela falta de pagamento do plano de saúde, tíquete-alimentação e outros benefícios. A paralisação afetou moradores de cerca de 15 bairros da capital sem ônibus operando. A empresa não se manifestou sobre a situação até o momento.
Entre as áreas afetadas estão: Ribeira, Kiola, Vila Itamar, Tibiri, Cohatrac, Parque Jair, Parque Vitória, Alto do Turu, Vila Lobão, Vila Isabel Cafeteira, Vila Esperança, Pedra Caída, Recanto Verde, Forquilha e Ipem Turu.
A paralisação continuará, segundo o Sindicato dos Rodoviários, até que os empresários ou o sindicato patronal (SET) apresentem uma solução. Outras empresas que operam no transporte público de São Luís podem aderir ao movimento pelas mesmas questões.
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) declarou, por meio de nota, que as questões trabalhistas são de responsabilidade do Sindicato das Empresas de Transportes (SET). A SMTT aguarda que as empresas consorciadas e o Sindicato dos Rodoviários cheguem a um entendimento, a fim de garantir a continuidade dos serviços à população.
Por sua vez, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) confirmou que o valor do subsídio, de aproximadamente R$ 7 milhões, não foi pago. A crise no sistema de transporte público da capital vem se agravando progressivamente devido à falta de repasse dos subsídios pela Prefeitura Municipal de São Luís. O SET reforça a importância de garantir a continuidade do serviço de transporte público à população.
O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), condicionou o repasse do subsídio ao retorno de 100% da frota de ônibus às ruas. A frota operante na capital está fixada em 80% desde fevereiro deste ano, após a última greve dos rodoviários. O SET reforça a necessidade de diálogo e busca de soluções para garantir a continuidade do serviço público essencial à população de São Luís.
A situação atual é de insegurança jurídica, social e econômica, conforme descrito pelo SET, que aponta a recusa do Município de São Luís em firmar um acordo sobre a Convenção Coletiva de Trabalho. Espera-se que as partes envolvidas cheguem a um entendimento e solucionem as questões pendentes para garantir o funcionamento adequado do sistema de transporte público na capital maranhense.




