Com cartazes e bandeiras, apoiadores de Bolsonaro em SP pedem anistia para condenados por atos golpistas
Grupo se concentra na avenida Paulista para participar de mobilização nacional; eles defendem a liberdade de expressão e criticam o Judiciário.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reúnem na tarde deste domingo (7) na avenida Paulista, em São Paulo, para participarem de uma manifestação que pede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
A manifestação, que terá início às 15h, foi convocada pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e por outras representações religiosas. O evento faz parte de uma mobilização nacional, com atos em diferentes capitais do país.
Na capital paulista, os participantes começaram a se concentrar na avenida por volta das 13h com cartazes e bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos.
Em um dos cartazes, está escrita a frase: “Fé em Deus, Eduardo Bolsonaro. Edu, nós o apoiamos. Donald Trump, thank you very much”. Em outros, há o pedido pela liberdade, democracia e anistia. Há também cartazes com a frase “Fora Moraes” e “SOS Trump, Bolsonaro Free”.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília e não pode participar de eventos públicos. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar o julgamento em que ele pode ser condenado por golpe de Estado e mais quatro crimes na terça-feira (9). Somadas, as penas podem chegar a 43 anos de prisão.
Em nota, a Polícia Militar informou que preparou um esquema de segurança para acompanhar a manifestação, e que todas as ações estão sendo monitoradas em tempo real pelo sistema Olho de Águia e supervisionadas a partir da Sala de Gerenciamento de Incidentes, instalada no Centro de Operações da Polícia Militar.
JULGAMENTO NO STF E DISCUSSÃO DE ANISTIA NO CONGRESSO
Na última terça-feira (2), o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar Bolsonaro e mais sete réus pela tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. O julgamento deve ser concluído até a próxima sexta (12).
Bolsonaro está em prisão domiciliar por violar medidas restritivas impostas anteriormente. Se for condenado, pode pegar até 43 anos de prisão. Ele também está inelegível, porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político.
Em paralelo, ganhou força na Câmara dos Deputados a discussão sobre a possibilidade de votar uma anistia para condenados por crimes contra a democracia.