O sequestro de uma criança de 7 anos em Belo Horizonte chegou ao fim na manhã desta quinta-feira, 22. A vítima era refém do ex-companheiro da mãe desde a tarde de quarta-feira, 21, na casa onde mora e foi liberado após o sequestrador, Leandro Mendes Pereira, ser baleado pela polícia.
O criminoso fez o ex-enteado e um amigo da ex-namorada de reféns por mais de 15 horas. Durante boa parte do tempo, ele negociou com agentes e chegou a dizer que apenas deixaria o local se fosse morto.
“Ele (Leandro) fez demandas que não podiam ser atendidas, que colocariam outras pessoas em risco, como a presença da ex-companheira no local”, explicou a porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, Layla Brunella.
As negociações foram sem sucesso e o criminoso foi baleado na cabeça por um atirador de elite da PM, por volta das 10h15 da manhã. A residência foi invadida por agentes da corporação e as vítimas foram liberadas, sendo levada aos pais que esperavam em uma viatura do lado de fora.
O criminoso precisou ser levado até o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, em estado grave.
Sequestro
O sequestro começou por volta das 18 horas de quarta-feira, 21. Leandro Mendes, de 39 anos, invadiu a casa da ex-companheira dizendo que iria matá-la. Com ajuda de um vizinho, a mulher e uma amiga conseguiram fugir, mas o filho e um jovem de 23 anos acabaram ficando no local e foram feitos de reféns.
A polícia foi acionada e chegou minutos depois, com agentes que logo começaram as negociações. No entanto, o sequestrador fez exigências que não poderiam ser atendidas e acabou mantendo as vítimas em cárcere privado sob a mira de uma arma.
O pai da criança contou que todas as informações que chegavam até ele eram feitas pelo criminoso através do Whatsapp. Ele alegou que o filho é autista e tem epilepsia, precisando tomar medicamentos nos horários corretos.
“Mandou uma foto dele avisando que meu filho estava bem. Eu vi pelo rosto dele que não está bem. (O sequestrador) disse que só libera meu filho mediante a entrada da mãe.”, contou Sidney.
O sequestrador e a mãe da criança seriam primos e namoraram durante 2 anos. Eles teriam se separado recentemente e Leandro não aceitava o fim do relacionamento.
Ele já havia sido preso por matar uma ex-companheira e estava em liberdade condicional.
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