Após ação policial, usuários de crack voltam à praça no centro de São Paulo

Um dia após operação policial na Praça Princesa Isabel, na região central de São Paulo conhecida como Cracolândia, vários usuários voltaram ao local e continuam consumindo crack.

A Polícia Militar (PM) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) reforçam o policiamento na região. Cinco câmeras foram instaladas e há quatro ônibus de vigilância para aumentar a segurança na área.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, ontem (11) foram feitas 1.589 abordagens na região, com 142 acolhimentos e 45 recusas. Desde a última quinta-feira (8), uma unidade emergencial de atendimento passou a operar na a Rua General Couto de Magalhães. “A estrutura oferece espaços de descanso, banheiros e refeitório. No sábado (10), 86 pessoas pernoitaram no equipamento. Neste domingo, a unidade realizou 1.350 atendimentos e outras 100 pessoas pernoitaram no equipamento”.

Nos próximos dias, segundo a prefeitura, serão criadas mais 280 vagas emergenciais na região da Luz. “Na Praça Princesa Isabel, passou a funcionar uma unidade de acolhimento de saúde, onde já opera um ambulatório médico e haverá cerca de 60 leitos de pré-internação.”

Direitos Humanos

A diretora da organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch Brasil, Maria Laura Canineu, considera as intervenções policiais um equívoco. “Essas ações são, na nossa opinião, bastante equivocadas, porque centram na perspectiva da força e não na redução de danos e reinserção na comunidade que os usuários demandam.”

Ação da polícia

A operação policial ocorreu na manhã desse domingo. Agentes da Força Tática e da Tropa de Choque da Polícia Militar e homens da Guarda Civil Metropolitana chegaram por volta das 6h na Praça Princesa Isabel. Com a ação, os usuários atearam fogo nas barracas, mas o Corpo de Bombeiros conseguiu conter os focos de incêndio. Após o fim da operação, funcionários da prefeitura retiraram as barracas e fizeram a limpeza do local. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, na ação foram presos dois traficantes, apreendidos 774 gramas de droga e R$ 1,6 mil em dinheiro.

Fonte: Agência Brasil

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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