Última atualização 13/06/2022 | 07:47
O júri dos suspeitos de assassinar o jornalista Valério Luiz, em 2012, está previsto para acontecer nesta segunda-feira, 13, a partir das 8h30. A data foi mantida, após o juiz Lourival Machado da Costa negar pedido de adiamento feito pela defesa do acusado de ser mandante do crime, Maurício Sampaio que, na época, era vice-presidente do Atlético Goianiense e, atualmente, é conselheiro do time.
O advogado Luiz Carlos da Silva Neto disse, em coletiva de imprensa no dia seis de junho, que não comparecerá ao júri. A defesa alega que o magistrado agiu de má-fé na condução do depoimentos de um dos réus do caso, o comerciante Marcus Vinícius Pereira Xavier, acusado de ter fornecido a moto usada no assassinato do jornalista. Antes, a defesa de Maurício Sampaio argumentava que o juiz era imparcial, uma vez que já teria tido inimizade com o réu. O argumento foi levado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas arquivado.
A sessão já foi adiada quatro vezes, sendo a última no dia 2 de maio, quando os advogados de defesa dos réus deixaram o plenário. Em 2019, o julgamento foi adiado sob alegação de falta de estrutura para um caso que exigiria grande acomodação. Segundo o advogado de acusação e filho da vítima, Valério Luiz Filho, um dos auditórios do TJ-GO chegou a ser reformado na época, o que levou alguns meses. Então, ficou definida, pelo juiz Lourival Machado, da 4ª Vara de Crimes Danosos Contra à Vida, uma nova data. Esta também foi adiada, mas por conta da pandemia. No dia 14 de março, o julgamento sofreu adiamento pela terceira vez porque o advogado de Sampaio abandonou o caso. Em maio deste ano, houve o quarto adiamento, quando os advogados de defesa abandonaram o plenário.
Relembre o caso Valério Luiz
O jornalista Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, no dia 12 de julho de 2012, quando saía da Rádio Bandeirantes 820 AM, onde trabalhava, no Setor Serrinha. No processo, além de Maurício Sampaio, apontado como mandante do crime contra o jornalista, estão Urbano Carvalho, que trabalhava para Maurício e é acusado de contratar o policial que teria executado Valério; Djalma Gomes, PM que, segundo a acusação, trabalhava como segurança de Maurício e recebia favores por isso; o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria colaborado com o planejamento do crime; e ainda Ademá Figueiredo, PM acusado de fazer os disparos que mataram o jornalista. Maurício Sampaio chegou a ser preso, entre fevereiro e maio de 2013, mas aguarda o julgamento em liberdade.