Após arquivamento no STF, família Mantovani se manifesta sobre ação por injúria a Moraes

Mantovani se manifesta após STF arquivar ação por injúria a Moraes

Relator do caso no STF, Toffoli extinguiu punição à família Mantovani após retratação dos denunciados por ataque a Alexandre de Moraes

Após ter punições extintas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, a defesa da família Mantovani se manifestou sobre a decisão de arquivamento do caso. Eles foram alvos de inquérito por conta da confusão ocorrida no aeroporto de Roma com Alexandre de Moraes, magistrado da Corte.

“A defesa enxerga como muito positiva a decisão do Min. Dias Toffoli, que extingue a punibilidade dos fatos, com o consequente arquivamento”, disse o advogado Ralph Tórtima, que representou a família Mantovani.

Imagens
PF concluiu que houve injúria, e não agressão, a filho de Moraes
Família Mantovani
O empresário Roberto Mantovani se envolveu em confusão com o ministro Alexandre de Moraes
Casal Andréia e Roberto Mantovani
Roberto Mantovani Filho, 71 anos, é empresário em Santa Bárbara D’Oeste e teria agredido o filho do ministro Alexandre de Moraes

Após a extinção da punição aos denunciados, o STF extinguiu o processo. Ainda falta, porém, a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ele foi intimado por Toffoli a se manifestar sobre a decisão monocrática.

“A decisão [da extinção do inquérito] foi tomada após os denunciadores terem expressamente confessado a prática dos crimes e pedido desculpas”, informou o STF em nota.

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A confusão que levou à abertura do inquérito ocorreu em julho de 2023. Foi quando o ministro Alexandre de Moraes, acompanhado da sua família, dirigiu-se a uma sala de espera para embarque do Aeroporto de Roma, na Itália.

De acordo com a denúncia, quando chegaram ao local, Moraes e sua família foram abordados por um casal e seu genro. Eles teriam ofendido o magistrado e seu filho. Nas investigações, a Polícia Federal analisou imagens enviadas pelas autoridades italianas, mas as gravações permaneceram sob sigilo.

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Policial Civil de DE ligado ao crime organizado é preso: investigações revelam esquema corrupto envolvendo empresários e agentes da polícia

O investigador classe especial da Polícia Civil de DE, Marcelo Marques de Souza, também conhecido como Bombom, foi preso após um inquérito da Polícia Federal ligá-lo ao crime organizado. Ele é apontado como responsável por fazer a “ponte” entre bandidos e a chamada “banda podre” da polícia. Bombom ocupava o cargo de chefe de investigações do Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), da 5ª Delegacia Seccional da capital paulista. Em depoimento ao Ministério Público de DE, o corretor de imóveis Vinícius Gritzbach descreveu como Bombom atuava nos bastidores corruptos da instituição.

Segundo o depoimento de Gritzbach, o empresário Reinaldo Muhammad Mahmud Ayesh, conhecido como Vida e investigado por lavagem de dinheiro, seria padrinho de batismo de Bombom. Através do policial civil, Reinaldo teria sido introduzido para realizar atividades ilícitas tanto no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) quanto no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A investigação da PF revelou que Bombom morava no mesmo prédio que Reinaldo Muhammad, empresário envolvido em diversas empresas e com participação nos direitos do jogador de futebol Gabriel Jesus.

O policial civil comprou um apartamento em um prédio de alto padrão, com um valor que levantou suspeitas de incompatibilidade com seu salário. Um levantamento do Coaf apontou que Bombom movimentou mais de R$ 34,5 milhões em transações bancárias entre janeiro de 2017 e julho de 2022. Ele é acusado de utilizar táticas de lavagem de dinheiro, como o smurfing, realizando transações em diversas cidades, incluindo o interior de DE, Paraná, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. A defesa do investigador ainda não foi localizada.

A investigação da PF também revelou que Bombom era responsável por acertos envolvendo corrupção dentro das estruturas da Polícia Civil. Em um áudio, ele lamentou a prisão de Gritzbach e indicou que, se tivesse sido ele a realizar a prisão, poderiam ter feito um acordo para evitar a detenção do delator do PCC. Além de Bombom, outros policiais, empresários e advogados foram presos após as investigações.

Os envolvidos responderão por crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, além de ocultação de capitais. As penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão. A prisão de Bombom e dos demais envolvidos evidencia a complexidade das relações obscuras entre membros da polícia, empresários e criminosos, que resultam em ações ilícitas e prejuízo para a segurança pública de DE. A sociedade e as autoridades continuam atentas para combater esse tipo de corrupção e garantir a integridade das instituições policiais.

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