Após ataques, Joe Biden anuncia novas sanções contra a Rússia

Em pronunciamento realizado nesta quarta-feira (24), o presidente os Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um novo pacote de sanções contra a Rússia. Entre os principais anúncios estão medidas contra pelo menos quatro bancos russos, além do congelamento de ativos das instituições dentro de grupos financeiros que atuam nos Estados Unidos.

Biden declarou que as relações dos EUA com a Rússia estão em estado de “ruptura completa e que não pretende conversar com Putin. O norte-americano aproveitou a oportunidade para atacar o presidente russo, a quem chamou de agressor, pária e tirano.

Novas sanções

As novas medidas contra a Rússia incluem o fim da conexão do sistema financeiro nacional dos EUA com o Sberbank, a maior instituição financeira russa. A decisão também inclui bloqueios contra o VTB Bank, Bank Otkritie, Sovcombank OJSC e Novikombank.

Outras doze empresas russas também estão na lista de novas sanções. Foram aplicadas restrições ao patrimônio de AlfaBank, Credit Bank of Moscow, Gazprombank, Russian Agricultural Bank, Gazprom, Gazprom Neft, Transneft, Rostelecom, RusHydro, Alrosa, Sovcomflot e Russian Railways.

Além disso, o bloqueio também atinge as elites rusas e familiares. Na lista estão Sergei Ivanov (e seu filho, Sergei), Andrey Patrushev (e seu filho Nikolai), Igor Sechin (e seu filho Ivan), Andrey Puchkov, Yuriy Solviev (e dois imóveis empresas que possui), Galina Ulyutina e Alexander Vedyakhin.

Biden também confirmou que Belarus é alvo de sanções, com foco em 24 indivíduos e entidades locais.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp