Após bater recorde, casos de dengue recuam em Goiânia

lerta as pessoas que pretendem viajar no feriado prolongado de Carnaval, entre os dias 18 e 21 de fevereiro, para redobrar os cuidados com seus imóveis e evitar a proliferação do Aedes aegypti,

A incidência de casos de dengue na capital foi altíssima em 2022, mas a situação parece estar bem menos grave. Em dois meses, a quantidade de regiões com baixo risco para a doença saltou de três para quatro  (Leste, Campinas centro, Norte e Sul), enquanto as demais estão na categoria de médio risco (Oeste, Sudoeste e Noroeste). Ao todo, há sete distritos sanitários em Goiás, que seriam o equivalente a áreas de cobertura de saúde.

De forma geral, a situação do município passou de alto para baixo risco. Em abril deste ano, todas as regiões do município apresentavam alto índice da doença, com maior parte de casos na Noroeste e Sudoeste. O número de pessoas com a infecção foi tão alto que especialistas classificaram o patamar como o de uma epidemia e a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) chegou a decretar estado de emergência na saúde pública. 

O Índice de Infestação Predial, que mensura o percentual de casas onde foram encontradas larvas do mosquito transmissor, caiu para 0,3%, segundo o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti. O boletim epidemiológico da SMS aponta que a capital registrou 27.672 casos de dengue neste ano, muito acima de 2021 (10.073) e de 2020 (10.028). 

A alta ao longo deste ano está relacionada ao intenso período de chuvas desde janeiro, mas a melhoria do cenário epidemiológico está relacionada ao período de estiagem. O tempo seco dificulta a reprodução do inseto causador da dengue e a persistência de casos ocorre por transmissão comunitária. A Prefeitura de Goiânia orienta a população a adotar hábitos de limpeza e conservação nos imóveis, a exemplo de verificação de caixa d’água tampada, pôr areia em pratos de vasos com plantas, cobrir piscinas e limpar calhas.

O estado e a região Centro-Oeste teve o maior número de casos de dengue no Brasil neste ano. As mortes causadas pela doença já bateram recordes anteriores, chegando a 130% até agosto, com 106 óbitos confirmados, sendo 29 em Goiânia,  e 160 investigadas. As vítimas apresentavam diferentes idades e condições, como bebês, grávidas e idosos. A estimativa é de que 80% da população goiana teve dengue sem saber, conforme informou a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). 

A doença no Brasil apresenta ciclos endêmicos e epidêmicos, com epidemias explosivas ocorrendo a cada quatro ou cinco anos. Desde a introdução do vírus no país, em 1981, mais de sete milhões de casos já foram notificados. Nos últimos anos, os profissionais têm observado observado elevado número de casos, aumento da gravidade da doença e de hospitalizações, de acordo com informe da Fiocruz Minas.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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