À frente da seleção espanhola feminina, a nova treinadora Montse Tomé fez sua primeira convocação com 15 das 23 campeãs mundiais para os jogos da Liga das Nações. A maior ausência foi justo a da atacante Jenni Hermoso, que denunciou o então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) por um beijo forçado durante a premiação da Copa do Mundo Feminina, o que resultou na renúncia do cartola Luis Rubiales.
Sobre a exclusão de Jenni Hermoso, Tomé afirmou que conversou com ela antes de tomar essa decisão, sem entrar em detalhes, mas garantiu que foi a melhor forma de protegê-la nesta chamada. Montse Tomé expressou sua confiança nas jogadoras profissionais, afirmando que acredita que elas farão um excelente trabalho, considerando que têm vasta experiência.
A lista de convocadas inclui a vencedora da Bola de Ouro, Alexia Putellas. A treinadora também incluiu Mapi León e Patri Guijarro, duas jogadoras que não estiveram no Mundial e que fizeram parte das “quinze rebeldes” que solicitaram mudanças nos métodos de trabalho da seleção anteriormente.
Polêmica
A polêmica em torno do beijo forçado e outras queixas levaram algumas jogadoras a se recusarem a jogar pela seleção até que ocorressem “mudanças estruturais” no comando do futebol espanhol. A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) reiterou sua intenção de realizar essas mudanças, instando as jogadoras a aderirem a essa transformação.
Montse Tomé divulgou a lista de jogadoras para os jogos da Liga das Nações contra Suécia e Suíça, mas, em tese, não poderá contar com 39 jogadoras, incluindo 21 das 23 campeãs mundiais, que na sexta-feira declararam que as condições para retornar à seleção não estavam satisfeitas.
A RFEF reconhece a necessidade de mudanças estruturais e está comprometida em renovar o cenário do futebol feminino espanhol.