Após casos de violência policial, secretário comunica medidas na PM

O secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás, Ricardo Balestreri, anunciou na tarde de hoje (02) seis medidas que serão adotadas, em até 15 dias, pela Polícia Militar.

As medidas fazem parte do projeto “Capacitação Permanente para o Uso Progressivo e Racional de Força”, que foi instaurado após o assassinato do estudante Roberto Campos da Silva, de 16 anos, morto dentro de casa no dia 17 de abril, e da agressão contra Mateus Ferreira, de 33 anos, estudante universitário que protestava na última sexta-feira.

Segundo Balestreri, em entrevista à rádio CBN, o objetivo é modernizar o militarismo e superar o atual Regulamento Disciplinar que está defasado. A primeira medida é a criação de um grupo para normatizar a atividade de inteligência da PM, visando a informação em detrimento da interferência. Conforme a proposta, o grupo obterá participação do Ministério Público.

O projeto prevê também a estruturação de seminários para capacitação em segurança pública e cidadania, em termos propostos pela ONU. Uma terceira medida inclui a apresentação, em 10 dias, de uma proposta de capacitação permanente sobre o uso progressivo e racional de força pelos policiais. Para isso, o secretário disse que está em contato com autoridades nacionais da área.

Investigação

A Polícia Civil informou hoje que a investigação sobre o caso do estudante Mateus Ferreira, ferido por um Policial Militar durante manifestação na última sexta-feira (28), vai aguardar parecer da Polícia Militar para, em seguida, constatar a necessidade de instauração de inquérito policial.

O delegado Isaías Pinheiro, titular da 1ª Delegacia Distrital de Goiânia, será o responsável pela análise do caso. Um estudo feito pela corporação concluirá se a ocorrência trata-se de um crime comum ou militar. Se ficar constatado que houve crime militar, o inquérito policial não deve ser instaurado pela Polícia Civil, uma vez que cabe à Polícia Militar a formalização do procedimento cabível.

A Polícia lembrou que a qualquer momento o inquérito policial poderá ser instaurado em caso de requisição do Ministério Público.

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Estudante da UFG é indiciado na Justiça por posts associando gays à pedofilia

Estudante da UFG é indiciado na Justiça por posts associando gays à pedofilia

Um jovem estudante de Medicina na Universidade Federal de Goiás (UFG) foi indiciado por homofobia, praticado em suas mídias sociais, ao associar gays à pedofilia. O estudante publicou conteúdo com uso de termos como “movimento gayzista” e “desorientação sexual” para se referir à orientação sexual.

Além disso, ele questiona se há “liberdade de ser e viver como quiser, o que impediria um pedófilo de defender que sua forma de viver é uma opção a ser respeitada?”. O caso aconteceu em março deste ano e foi registrado no Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri).

De acordo com as informações do G1, o inquérito policial foi encaminhado para o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO). Se o estudante de medicina for condenado pelas postagens com conteúdo considerado homofóbico, poderá receber pena de 2 a 5 anos de reclusão em regime fechado.

Atualmente, o jovem não tem mais perfil na mídia social em que fez as postagens e essas também foram deletadas pela própria plataforma. Na época das publicações, a UFG lançou uma nota de repúdio ao conteúdo do estudante e informou que havia recebido as denúncias e estava trabalhando com as autoridades para tomar as devidas providências.

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