Após comentário machista, Alípio Nogueira é demitido e emissora solta nota de repúdio

Nesta segunda-feira, o cronista esportivo Alípio Nogueira foi demitido da emissora de Rádio Bandeirantes por comentário machista direcionado a uma colega de trabalho. O comentário desrespeitoso ocorreu no programa Esporte em Debate, da Rádio Bandeirantes.

Em nota, a Rádio Bandeirantes de Goiânia anunciou a rescisão contratual do radialista Alípio Nogueira e repudiou o acontecimento. Nada foi dito pelos apresentadores ou convidados do programa que estavam no programa.

Antes de ser contratado pela Rádio Bandeirantes, Alípio trabalhou no programa “Feras do Kajuru” na Rádio Sagres.

Nota da emissora ao comentário machista

“A Rádio Bandeirantes Goiânia, por meio de seus diretores, vem a público diante dos fatos acontecidos na transmissão veiculada no programa Esporte em Debate do dia 24 de janeiro deste ano, manifestar sua indignação e repúdio em relação ao discurso proferido pelo comentarista Alípio Nogueira, integrante da equipe parceira “Feras do Esporte”. Em um país onde das mulheres mortas decorrem pelo único fato de serem mulheres e ainda mais grave, 4 (quatro) mulheres por dia são mortas por homens que se dizem ser seus companheiros ou ex-companheiros, é injustificável e inaceitável o discurso adotado pelo comentarista de culpabilização feminina. Não é o traje que a mulher veste que determina as chances de violência de qualquer espécie contra a mesma”.

Confira a nota de repúdio publicada em seu Instagram:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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