Após destinar 200 toneladas de donativos ao RS, Prefeitura de Goiânia interrompe arrecadação

A Prefeitura de Goiânia suspende temporariamente, a partir das 18h da próxima segunda-feira (27/5), a campanha de arrecadação de donativos para o Rio Grande do Sul, ação que ocorria em ao menos cinco pontos de coleta da capital. Desde a semana passada, a prefeitura firmou parceria com os Correios para encaminhar tudo o que foi arrecadado durante o mês.

Com a pausa na campanha na segunda-feira, não serão aceitas mais doações. Os Correios continuam encaminhando ao Rio Grande do Sul as doações dos goianienses que estão concentradas no Paço Municipal. Até o momento, cerca de 200 toneladas de donativos já foram encaminhados pela Prefeitura de Goiânia para o RS.

A ação conta com parceria da Câmara Municipal de Goiânia, Correios, Transportadora Jadlog, Central única das Favelas (Cufa), empresas diversas e pessoas físicas.

Homenagem a servidores

Nesta quarta-feira (22/5), a prefeitura homenageou os servidores voluntários da Saúde, Defesa Civil e motoristas que viajaram para auxiliar comunidades afetadas pelas enchentes, levando mais de 40 toneladas de doações, incluindo roupas, colchões, água potável, alimentos não perecíveis e itens de higiene e limpeza. Na oportunidade, o prefeito Rogério aproveitou para agradecer aos voluntários pelo empenho durante a missão.

“Minha gratidão a cada um de vocês que, voluntariamente, se dispuseram a prestar esse serviço que, com certeza, levou amparo a muitas pessoas. Cada voluntário que enfrentou uma série de desafios, deixou sua família e foi ao Rio Grande do Sul representar o espírito de solidariedade da nossa cidade”, destacou o prefeito, ao frisar que mais de 200 toneladas de doações já foram arrecadadas junto aos goianienses.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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