Última atualização 25/10/2022 | 15:07
Um site que captava dados de apoiadores do presidente Bolsonaro foi retirado do ar nesta terça-feira, 25. A determinação do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Raul Araújo, ocorreu após solicitação da equipe da campanha de Jair. O receio dos estrategistas era que o candidato à reeleição fosse associado à captação ilegal de dados pessoais do “Fiscais do Mito”.
“Induz o engajado eleitor, sequioso (que tem vontade) de participar do pleito eleitoral na condição de possível fiscal da Coligação Representante, a fornecer dados pessoais cuja destinação não se conhece”, argumentou a equipe de Bolsonaro ao TSE.
A plataforma convencia os eleitores bolsonaristas a fornecerem dados pessoais com o argumento de que as informações seriam utilizadas para montar um grupo que ajudaria a fiscalizar as eleições do segundo turno, no próximo domingo, 30. A venda dos dados foi reconhecida pelo ministro. Além da retirada da remoção do site da internet, ele arbitrou multa se a página continuar aparecendo na rede mundial de computadores.
“Determina-se que a empresa Google suprima o acesso ao site www.fiscaisdomito.com.br através dos resultados de pesquisa em sua plataforma, bem como omita qualquer menção a referido domínio ou palavra “fiscaisdomito”, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)”, sentenciou Raul Araújo.
A reportagem do Diário do Estado buscou pelo site no início da tarde de hoje e o domínio já informava a mensagem “Estamos em Manutenção”. Em dezembro do ano passado, o TSE publicou uma resolução com normas para a fiscalização e auditoria do processo eleitoral. Entre as entidades habilitadas para legitimar os sistemas eleitorais estão partidos políticos, federações e coligações, Ministério Público, Polícia Federal e Forças Armadas.