Após discussão política, bolsonarista mata petista a facadas, no Mato Grosso

morte e prisão bolsonarista Mato Grosso

No município de Confresa (MT), um bolsonarista matou um petista a facadas após uma discussão política. O suspeito de 24 anos, Rafael Silva de Oliveira, foi preso preventivamente pelo homicídio de Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos. O jovem, inclusive, chegou a tentar decapitar a vítima com um machado após o assassinato.

Bolsonarista mata petista a facadas

Rafael Silva, apoiador do atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), estava discutindo com Benedito Cardoso, eleitor de Lula (PT). Segundo informações da Polícia Civil, Benedito desferiu um soco no rosto de Rafael após a discussão se acalorar.

O jovem bolsonarista respondeu sacando uma faca e atacando o homem mais velho, desferindo golpes contra a cabeça dele. Mais especificamente, na testa, no olho e no pescoço. O suspeito ainda tentou decapitar a vítima com um machado, antes de fugir do local.

No entanto, por estar com um corte na mão, Rafael procurou ajuda em uma unidade de saúde. Funcionários do hospital informaram os policiais, que levaram o jovem até a delegacia. Em seguida, o suspeito confessou o crime, e a Justiça tomou a decisão de converter a prisão para preventiva.

O juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes afirmou, em sua decisão, que a intolerância não será admitida. “Em um estado democrático de direito, no qual o pluralismo político é um dos seus princípios fundamentais, torna-se ainda mais reprovável a conduta do custodiado”, acrescentou.

Não é a primeira vez neste ano que um bolsonarista mata um petista. Em julho, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), um agente penitenciário matou um tesoureiro do PT em sua própria festa de aniversário.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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