Após duas semanas internado, juiz vítima de acidente no Saccaria recebe alta

O juiz de Gurupi, no Tocantins, que se machucou no acidente de um carro que invadiu o restaurante Saccaria, no Jardim Goiás, em Goiânia, no dia 19 de julho, recebeu alta nesta terça-feira, 2. Silas Bonifácio, de 52 anos,  fo liberado pelos médicos a retornar para casa após duas semanas internado devido a um trauma craniofacial, fratura em uma vértebra e no quadril, líquido no pulmão e início de tratamento fisioterápico.

Ele ficou preso embaixo do carro dirigido por Elisabete Nunes, de 68 anos, que invadiu o restaurante por volta do meio-dia. A mulher alegou que o veículo teve falha mecânica, versão contestada em um laudo preliminar da Polícia Civil (PC).

Uma segunda vítima, o empresário Kleber Sebastião, teve ferimentos graves e continua hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva do Hugo após ser submetida a duas cirurgias. Além deles, outras oito pessoas precisaram de atendimento médico, mas não foram internadas.

Câmeras de segurança registraram o momento da colisão. Os vídeos mostram a motorista em alta velocidade desde alguns metros antes do Saccaria. Antes do acidente, o veículo chegou a colidir com outros carros sendo que um deles estava saindo da garagem de um prédio. Em seguida, a idosa acelera o veículo, bate no retrovisor de outro, faz uma conversão e entra dentro do restaurante.

Um inquérito foi aberto para apurar o caso, que continua sendo investigado pela Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict). Os laudos periciais ainda serão analisados e os policias divulgarão as conclusões somente ao final do trabalho.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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