Após escândalo, Facebook vai mudar política de dados

Mostrará pela primeira vez todas as informações reunidas a partir dos aparelhos usados pelas pessoas para acessar a rede social, como celulares, tablets, computadores e TVs

Após o escândalo do uso não consentido de dados de mais de 50 milhões de usuários, o Facebook anunciou nesta quarta-feira (4), que vai repaginar pela primeira vez desde 2015 sua política de dados, uma espécie de carta de intenções em que a rede social explica quais informações coleta dos usuários, de que forma as processa e quais empresas podem acessá-las. Houve também uma simplificação dos termos de serviço.

Dessa forma a rede social receberá comentários de usuários por sete dias até promover a alteração de vez da política de dados e dos termos de serviço. Ligada a criação do atalho de privacidade anunciado na semana passada, essa é uma das medidas tomadas pelo Facebook para remediar o mal-estar gerado após a descoberta de que informações de usuários da empresa foram obtidas e exploradas pela Cambridge Analytica, consultoria política que trabalho na campanha presidencial de Donald Trump.

O Facebook também mostrará pela primeira vez todas as informações reunidas a partir dos aparelhos usados pelas pessoas para acessar a rede social, como celulares, tablets, computadores e TVs. Depois do escândalo da Cambridge Analytica, alguns usuários baixaram o pacote de dados que a empresa mantinha e descobriram que havia históricos de SMS e chamadas telefônicas. Na nova polícia de dados, o Facebook informa, entre outras coisas, que consegue saber desde a posição das pessoas, por meio do GPS dos aparelhos, até a velocidade de suas conexões e dos dados armazenados em cookies, esses programas traçam um perfil dos usuários com base em suas atividades online.

O que muda

– A unificação dessa política para abranger a forma como os dados são tratados no Facebook, Messenger e Instagram;

– Detalhamento de todos os dados pessoais coletados na rede social;

– Esclarecimento das informações recolhidas em dispositivos em que o site é usado, como celulares computadores e até TVs;

– Listagem de como novos serviços criados após 2015, como Marketplace e vídeos 360º;

– Segundo o Facebook, a modificação da política de dados não tem a intenção de incluir novas solicitações de informações de usuários. 

O escândalo

Foto: Reuters

Em 17 de março deste ano, os jornais “New York Times” e “Guardian” revelaram que os dados de mais de 50 milhões de usuários do Facebook foram usados sem o consentimento deles pela Cambridge Analytica. A empresa de análise de dados acessou esse grande volume de dados após um teste psicológico que circula na rede social coletar as informações. Os dados recolhidos não eram apenas os de usuários que fizeram o teste, mas também os de seus amigos.

O escândalo cria dúvidas quanto a transparência e a proteção de dados dos usuários do Facebook. A rede social comunicou que investigaria o caso. O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, reconheceu que a emprese cometeu erros. A empresa Cambridge Analytica trabalhou ainda com a equipe responsável pela campanha de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, nas eleições de 2016. Também foi contratada pelo grupo que promovia a saída do Reino Unido da União Europeia.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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