Após greve dos caminhoneiros, alimentos sofrem maior inflação em 23 anos

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa sexta-feira (06), mostrou o maior Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de junho desde 1995, com uma alta de 1,26%.

Os 1,26% relativos ao IPCA de julho significam uma variação de preços 0,86 ponto percentual acima do 0,40% registrado em maio e é, segundo o IBGE, a primeira vez desde os 1,27% de janeiro de 2016 que o índice fica acima de 1,0%. Mais de um mês após a finalização da greve dos caminhoneiros que paralisou o Brasil, os reflexos ainda são sentidos diretamente.

A paralisação que bloqueou o abastecimento de alimentos e combustíveis durou 11 dias. Portanto, o grupo de alimentos e bebidas apresentou uma variação de 2,03% em junho no aumento de preços devido à escassez dos produtos.

Alguns exemplos de alimentos que variaram os preços são, o leite que teve alta de 15,63%; o frango inteiro variou em 8,02% e a batata inglesa, cujo o preço disparou nos centros de distribuição, tendo uma alta de 17,16% pelo segundo mês consecutivo, tendo uma alta de 17,51% em maio. Segundo o IBGE, desde janeiro deste ano que o grupo de alimentos e bebidas não registrava uma alta superior a 2%.

Os combustíveis também sofrerão grande variação. A gasolina subiu 5% em junho, e o etanol 4,22%. Já o diesel, teve queda de -5,66%.

Apenas dois grupos de bens e serviços investigados pelo IBGE não sofreram variação no período, os de vestuário e comunicação.

Confira a pesquisa completa no link, clicando aqui.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp