Após incêndio, viaduto da T-63 passa por reforma

Após incêndio, viaduto da T-63 passa por reforma

O viaduto da T-63 passa por reforma em breve, apesar de a estrutura não ter sido comprometida após incêndio ocorrido na última sexta-feira, 15. Relatórios preliminares da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) apontam que o revestimento externo das faces dos pilares de concreto onde houve maior concentração de fogo deve ser reforçado.

Por causa das intervenções, o trânsito no local permanecerá interrompido até a conclusão da obra que incluirá a utilização de argamassa especial. As equipes das prefeituras continua a trabalhar na retirada das placas metálicas de alumínio composto (ACM), conforme recomendação técnica e determinação do prefeito Rogério Cruz. O material tem mais pontos negativos a positivos, segundo o coordenador do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), Ricardo Barbosa Ferreira.

“O ACM nesse tipo de estrutura afeta a segurança. É recorrente a quebra das placas que, ao atingirem um pedestre, um motociclista, podem trazer consequências muito graves. Segundo ponto, é o que vimos hoje. No caso de um incêndio, é um sanduíche que tem plástico, se constitui material combustível e propaga chamas. Isso atrapalha a inspeção do profissional técnico”, destacou Ricardo.

Não há risco de desabamento, de acordo com especialista de tecnologia e concreto que fez a perícia na estrutura. Os relatórios definitivos devem ficar prontos até o início da próxima semana. O tráfego no anel interno foi liberado na noite de terça-feira, 19. 

O incêndio começou durante a madrugada quando Baltazar Campos David, de 41 anos, deixou cair uma pedra de crack  na estrutura do viaduto e usou fogo para iluminar o local e encontrá-la. 

Como havia muitos colchões e bebidas no chão, eles pegaram fogo. O homem tem passagens pela polícia por roubo, desacato e uso de drogas. Ele foi solto em audiência de custódia no dia seguinte ao acidente, porém deverá se apresentar no fórum sempre que for chamado.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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