Após morte de menino, moradores do Alemão protestam contra violência

Moradores da comunidade da Grota, no Complexo do Alemão, realizam na tarde desta terça-feira (25) uma manifestação pedindo o fim da violência e os enfrentamentos entre policiais militares e criminosos que controlam o tráfico de drogas na região. A manifestação com faixas e cartazes pedindo o fim da violência no Alemão interditou o tráfego na Estrada do Itararé e na Rua Joaquim de Queiróz, um dos acessos à comunidade.

O ato é em protesto pela morte do adolescente Paulo Henrique Oliveira de Moraes, 13 anos, que morreu na manhã de hoje no hospital, depois de ter sido atingido na barriga ontem (24), durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes de drogas.

Além de Paulo Henrique, outros três moradores da comunidade morreram durante os tiroteios na região, que começaram na última sexta-feira (21). Três policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) ficaram feridos – um deles em estado grave.

A ação do Bope foi para a instalação de uma torre blindada na localidade conhecida como Largo do Samba, na Favela Nova Brasília, ponto de frequente enfrentamento entre policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região e criminosos.

Hoje, a Polícia Militar faz uma grande operação contra o tráfico de drogas no Complexo de Favelas do Alemão para tentar prender líderes do tráfico de drogas na região.

Por medida de segurança, as escolas públicas municipais do Alemão não funcionaram hoje e quase 4 mil alunos ficaram sem aula. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, três escolas, uma creche e seis Espaços de Desenvolvimento Infantil estão sem atendimento. As unidades de ensino atendem a 3.936 estudantes.

A PM informou que até o momento não tem um balanço da operação no Alemão.

Fonte: Agência Brasil

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp