Após nova condenação, João de Deus soma mais de 223 anos de prisão

Após nova condenação, João de Deus soma mais de 220 anos de prisão

Em nova denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), João de Deus recebeu uma condenação de 109 anos e 11 meses de reclusão. A sentença veio por conta de 8 crimes de estupro de vulnerável e 26 infrações penais de violação sexual mediante fraude, em relação a três ações penais. Agora, o médium de 80 anos de idade soma mais de 220 anos de reclusão.

As denúncias contra João de Deus

Com relatos de 42 vítimas, os promotores de Justiça Luciano Miranda Meireles e Izabella Artiaga Dias Maciel trabalharam em cima disso, e o juiz Marcos Boechat Lopes Filho proferiu a sentença. Quanto à época em que os crimes ocorreram, os períodos variam entre 1985 e 2018. Em 25 situações, os crimes já estavam prescritos. Mesmo assim, houve a condenação de 109 anos e 11 meses.

De forma mais detalhada, foram três processos contra João de Deus nesta quarta-feira, 7. Um culminou na pena privativa de liberdade em 51 anos e 9 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, em relação a cinco vítimas por crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável, entre os anos de 2010 e 2016.

O outro processo terminou em condenação de 16 anos e 10 meses, em relação a três vítimas por crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável, entre 2011 e 2013. Por fim, houve uma outra condenação de 41 anos e 4 meses, por violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável, entre 2010 e 2015.

A Justiça já recebeu 15 denúncias contra João Teixeira de Faria por crimes sexuais. Em oito deles houve a condenação. Com isso, no total João de Deus soma mais de 223 anos e três meses de reclusão.

O réu ainda foi condenado nas três ações penais a pagar indenizações por danos morais às vítimas em valores de até R$ 100 mil. João de Deus segue em prisão domiciliar determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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