Última atualização 22/03/2024 | 09:07
Um dia após a operação deflagrada pela Polícia Civil para apurar possíveis casos de corrupção na Comurg e em outros órgãos da Prefeitura de Goiânia, o prefeito Rogério Cruz buscou imprimir normalidade à sua agenda. Nesta quinta-feira, 21/3, além de compromissos externos, ele também voltou a dar atenção ao 2º Mutirão de Serviços que será realizado neste final de semana na região Sul da capital.
Com um “Gabinete Itinerante” montado na Vila Redenção, onde reúne-se com moradores nos dias que antecedem ao mutirão, Rogério não apareceu no local na quarta, 20/3, data em que esteve envolvido em entrevistas coletivas e em despachos internos por conta das ações policiais.
Nesta quinta, contudo, voltou às ruas. Vistoriou obras de infraestrutura que estão em execução nos setores Pedro Ludovico e Alto da Glória, vilas Redenção e Maria José, Jardim Novo Mundo e Jardim da Luz. Estava cercado por auxiliares – menos por aqueles citados na operação da Polícia Civil – e conversou tranquilamente com moradores. Também participou da solenidade de comemoração dos 80 anos da Polícia Federal, realizada no Centro Cultural Oscar Niemeyer.
Mas apesar dos gestos – devidamente calculados – para passar a imagem de que a prefeitura não ficou paralisada diante do revés que sofreu nas últimas horas, Rogério cancelou, de última hora, a prestação de contas relativa ao ano de 2023 que faria na Câmara de Vereadores nesta sexta-feira, 22/3, sob alegação de que o secretário de Finanças, Vinícius Alves, está com suspeita de dengue.
Parlamentares oposicionistas, que estavam “ávidos” pela presença do prefeito na Casa, foram as redes sociais questionar a “falta de transparência” e deixaram no ar a possibilidade de tal argumento não ser crível. Verdade ou não, o fato é que a operação policial pautaria os debates durante a sessão de prestação de contas e colocaria ainda mais holofotes em um episódio que é sinônimo de puro desgaste para o prefeito e seu projeto de reeleição.