Após perder eleições, Bolsonaro entra em “luto profundo”, revela Cid em delação

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Bolsonaro ficou em luto profundo após perder eleições, disse Cid

Em delação premiada para a PF, Mauro Cid detalhou os três grupos que
aconselharam o ex-presidente Jair Bolsonaro após as eleições

O ex-ajudante de ordens Mauro Cid
revelou à Polícia Federal, em delação premiada no ano passado, que o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
ficou em “luto profundo” após perder as eleições presidenciais de 2022 para Lula
(PT).

O documento e vídeos vieram a público após o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes
retirar o sigilo da delação. Segundo Cid, o ex-presidente e grupo que estava ao
seu lado tinham certeza que Bolsonaro sairia vencedor na corrida presidencial
contra o petista. Veja:

“A partir daí ele (Bolsonaro) entrou num luto, não vou dizer depressão, mas um
luto muito profundo. Tanto que a imunidade dele abaixou, pegou uma erisipela
[doença de pele]. Ele ficou muito mal. Nesse período todo, ele praticamente
acabou com as agendas oficiais.”

Após perder as eleições, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid disse que três grupos
com linhas “editorias” diferentes aconselhavam o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Um grupo foi definido por Cid como conservador, um como moderado e outro como
radical.

O grupo conservador pedia para que Bolsonaro assumisse de imediato a posição de
opositor ao governo Lula, visando não deixar o Partido dos Trabalhadores (PT)
“destruir o país”. De acordo com Cid, esse grupo era composto pelo senador
Flávio Bolsonaro (PL), Bruno Bianco, ex-advogado-geral da União do Brasil, e
Ciro Nogueira, à época ministro da Casa Civil, e Brigadeiro Batista Júnior,
comandante da Aeronáutica.

Já o grupo dos moderados não concordavam com o caminho que o Brasil estava
seguindo. “Eles acreditavam que estava havendo abuso jurídico das prisões, da
maneira como estava sendo conduzida a relação entre as instituições”, disse
Mauro Cid à PF.

O grupo moderados era contra qualquer ideia de um possível golpe. Os
conservadores eram em sua maioria generais da ativa. Cid reforçou que ainda
dentro desse grupo, tinha um sub-grupo, que defendia que Bolsonaro saísse para
fora do Brasil.

“Havia um outro grupo de moderados que entendia que o ex-presidente deveria
sair do país. ‘É sai daqui, vai descansar, passa os meses fora no Estados
Unidos, refresca a cabeça, lá o senhor está cheio de apoiador, aí depois o
senhor volta’.”

Por fim, ex-ajudante de ordens detalhou o grupo radical, em que tinham duas
linhas de atuação. Uma vertente buscava encontrar fraudes nas urnas eletrônicas
e outra queria um golpe de estado.

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