Um dia depois de promoter mais verba para a fiscalização ambiental, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cortou recursos para a área relacionada às mudanças do clima, controle de incêndios florestais e fomento a projetos de conservação do meio ambiente. Nesta quinta-feira (22), durante a Cúpula do Clima, liderada pelo presidente americado Joe Biden, Bolsonaro afirmou ter duplicado os recursos destinados a ações de fiscalização ambiental no Brasil.
Nesta sexta-feira (23), no entanto, Bolsonaro sancionou o Orçamento de 2021. O incremento prometido por ele no encontro internacional não está na programação para o ano e, no ato na sanção, o presidente cortou quase R$ 240 milhões da pasta do meio ambiente.
A Amazônia perdeu 810 quilômetros quadrados de floresta em março deste ano. Segundo o levantamento do Instituto Imazon, a Amazônia teve a maior taxa de desmatamento em dez anos. A devastação atingiu principalmente os estados do Pará (35%), Mato Grosso (25%) e Amazonas (12%). A maior parte da floresta que veio abaixo estava em propriedades privadas ou em estágio de posse (66%). Assentamentos (22%) e unidades de conservação (11%) também perderam mata nativa.