Após promessa na Cúpula do Clima, Bolsonaro corta verbas para o meio ambiente

Um dia depois de promoter mais verba para a fiscalização ambiental, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cortou recursos para a área relacionada às mudanças do clima, controle de incêndios florestais e fomento a projetos de conservação do meio ambiente. Nesta quinta-feira (22), durante a Cúpula do Clima, liderada pelo presidente americado Joe Biden, Bolsonaro afirmou ter duplicado os recursos destinados a ações de fiscalização ambiental no Brasil.

Nesta sexta-feira (23), no entanto, Bolsonaro sancionou o Orçamento de 2021. O incremento prometido por ele no encontro internacional não está na programação para o ano e, no ato na sanção, o presidente cortou quase R$ 240 milhões da pasta do meio ambiente.

A Amazônia perdeu 810 quilômetros quadrados de floresta em março deste ano. Segundo o levantamento do Instituto Imazon, a Amazônia teve a maior taxa de desmatamento em dez anos. A devastação atingiu principalmente os estados do Pará (35%), Mato Grosso (25%) e Amazonas (12%). A maior parte da floresta que veio abaixo estava em propriedades privadas ou em estágio de posse (66%). Assentamentos (22%) e unidades de conservação (11%) também perderam mata nativa.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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