Após recorde de casos e mortes, Goiás adere à campanha nacional contra a dengue

aedes aegypti mosquito da dengue

Goiás vai aderir à campanha nacional de combate à dengue. Com o título de “Todo dia é dia de combater o mosquito”, a ação visa diminuir o número de casos no estado em meio a um período chuvoso e uma alta incidência de registros. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), até o momento houve notificação de 255.762 casos, e confirmação de 169.184 deles.

Goiás contra a dengue

O mosquito Aedes aegypti não transmite só a dengue, mas também a zika e a chikungunya. Neste ano, até o presente momento, houve registro de 135 mortes por dengue em Goiás, além de sete por chikungunya. A taxa de mortalidade atual está em 1,68/100 mil pessoas.

A Região Centro-Oeste é aquela com maior concentração de casos no Brasil. Até o final de agosto, eram 1.851,4 casos a cada 100 mil habitantes. Goiás liderava a lista de registros.

Ainda, o número de mortes por dengue em Goiás até o dia 14 de outubro subiu 242,1% em comparação a todo o ano passado. Trata-se dos maiores números já registrados desde quando a pasta começou a contabilizar os casos, e consequentemente, as mortes pela doença, em 2010.

Assim, com o retorno das chuvas no estado, Goiás adere à campanha e reforça que ações simples e caseiras podem ajudar no controle do mosquito.

Medidas de prevenção à dengue:

  • Verificar se a caixa d’água está bem tampada;
  • Deixar as lixeiras bem tampadas;
  • Colocar areia nos pratos de plantas;
  • Recolher e acondicionar o lixo do quintal;
  • Limpar as calhas;
  • Cobrir piscinas;
  • Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários;
  • Limpar a bandeja externa da geladeira;
  • Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação;
  • Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado;
  • Cobrir bem a cisterna;
  • Cobrir bem todos os reservatórios de água.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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