Após relatos de tiros e explosões, polícia isola resort nas Filipinas

A emissora CNN informa que tiros foram ouvidos perto do complexo Resorts World, em Manila, nas Filipinas. De acordo com relatos de funcionários do complexo ouvidos pela emissora, um homem mascarado abriu fogo contra os hóspedes no segundo andar de um dos hotéis do Resorts World. Há também relatos de explosões dentro do local.

Um porta-voz militar afirmou que a polícia tem o controle do incidente. Segundo Restituto Padilla, o Exército está monitorando a situação e um comunicado será emitido quando houver mais detalhes.

Um representante da Cruz Vermelha das Filipinas confirmou que há pelo menos 25 feridos pelo tiroteio, de acordo com o jornal “Manila Times”. Algumas das vítimas, segundo o relato, tiveram ferimentos graves porque pularam do segundo pavimento de um dos hotéis do complexo.

Policiais, bombeiros e atiradores de elite foram enviados para a cena. O Resorts World é um complexo que reúne hotéis, restaurantes, cassinos e lojas e está situado nas imediações do Aeroporto Internacional Ninoy Aquino, que atende a capital do país, Manila.

Em suas redes sociais, o hotel confirmou o incidente, e disse que a área está interditada. “Estamos trabalhando de perto com a Polícia Nacional das Filipinas para assegurar que nossos hóspedes e funcionários estejam em segurança. Pedimos suas orações durante esse momento difícil”.

Rita Katz, diretora do Site Intel Group, grupo de monitoramento de grupos terroristas, afirma que um militante filipino do Estado Islâmico disse que “lobos solitários” seriam responsáveis por um ataque no local. Não houve ainda, no entanto, um comunicado pelos meios tradicionais do EI.

De acordo com a agência Reuters, os empregados foram retirados do complexo e a polícia tem “total controle da situação”. A fonte da agência, que não foi identificada, não quis fornecer mais detalhes sobre o caso.
Em pronunciamento na Casa Branca, em Washington, o presidente americano Donald Trump disse que os EUA estão monitorando o incidente em Manila. “É realmente muito triste o que está acontecendo pelo mundo em relação ao terror. Nossos pensamentos e orações estão com todos aqueles afetados”, afirmou.

Fonte: G1

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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